Briefing: Criptomoedas

A Bitcoin alcançou um novo recorde de preço, superando os 125.000 dólares, impulsionada pela paralisação do governo nos EUA, que a posicionou como um ativo de refúgio. O otimismo foi também alimentado pela tendência sazonal positiva de outubro, conhecida como 'Uptober', apesar de uma ligeira correção após o pico.

Reguladores europeus, incluindo a CMVM, alertam que, apesar da implementação do regulamento MiCA, os criptoativos continuam a ser de alto risco.

A proteção ao consumidor é limitada, e os investidores enfrentam perigos como volatilidade extrema, fraudes e falta de liquidez, sendo aconselhada extrema cautela.

A Revolut atingiu a marca de dois milhões de clientes em Portugal, tornando-se no terceiro maior banco em número de utilizadores.

A integração com os sistemas Multibanco e MB Way, possibilitada pela atribuição de um IBAN português, remove uma barreira significativa e posiciona a fintech para competir diretamente com a banca tradicional como conta principal dos portugueses.

Um estudo recente confirma que o investidor português é maioritariamente conservador, com 61% da população a não investir por falta de poupança ou por opção.

Entre os que investem, a preferência recai sobre produtos de capital garantido, refletindo uma elevada aversão ao risco, o que explica a baixa adesão a criptomoedas, que têm uma expressão mínima nas carteiras de investimento.

O número de milionários de Bitcoin cresceu significativamente no terceiro trimestre de 2025, com a criação de quase 8.000 novas carteiras com mais de um milhão de dólares, num total global de mais de 241 mil milionários cripto. Este aumento da concentração de riqueza contrasta com a informação de que Portugal se está a tornar um destino menos atrativo para estes investidores.

A empresa norte-americana de cripto-finanças Uphold anunciou um forte investimento em Portugal, planeando contratar mais de 150 profissionais até 2026 para os seus centros no Porto e em Braga. Esta expansão reforça o papel estratégico de Portugal como um hub tecnológico para a empresa, onde já se concentra 90% da sua equipa de engenharia.

A tecnológica portuguesa Feedzai foi selecionada pelo Banco Central Europeu como fornecedora principal do sistema anti-fraude para o euro digital, num contrato que pode valer até 237 milhões de euros. A notícia coincide com uma nova ronda de investimento de 75 milhões de dólares, que avalia a empresa em dois mil milhões de dólares, consolidando a sua posição de liderança global em tecnologia financeira.