Briefing: Criptomoedas

O BCE avança com o projeto do euro digital, visando uma emissão em 2029 para reforçar a soberania monetária e complementar o numerário.

No entanto, estudos indicam que o modelo proposto pode não ir ao encontro das preferências dos cidadãos, que valorizam simplicidade e integração, sugerindo que o sucesso da iniciativa dependerá da sua capacidade de oferecer valor percetível e utilidade prática aos utilizadores finais.

O Bitcoin recuperou valor, impulsionado pela expectativa de cortes de juros nos EUA e por um acordo comercial sino-americano que aumentou o apetite por risco. O movimento é sustentado por capital institucional e cria um ambiente favorável para o crescimento de altcoins e projetos emergentes no ecossistema cripto.

O setor financeiro português encara as criptomoedas com ceticismo devido à sua volatilidade e falta de ativos subjacentes, embora reconheça o potencial da tecnologia blockchain.

A regulação europeia (MiCA) e as iniciativas de literacia financeira dos supervisores são vistas como essenciais para enquadrar um mercado que, apesar da desconfiança institucional, atrai cada vez mais o interesse dos investidores mais jovens.

A China adota uma abordagem de controlo e promoção no setor das moedas digitais: impulsiona a expansão global do seu yuan digital através de um novo centro de operações em Xangai, ao mesmo tempo que limita a inovação em criptoativos privados em Hong Kong para evitar concorrência e garantir a primazia da sua moeda digital estatal.