Briefing: Os números da semana

O lucro histórico da FC Porto SAD na época 2024/25 reflete o sucesso de uma estratégia focada na venda de jogadores e numa contenção de custos rigorosa, superando o impacto financeiro da ausência da Liga dos Campeões e estabelecendo uma base mais sólida para o futuro desportivo e financeiro do clube.

Em setembro, a dinâmica da inflação divergiu entre a zona euro, que viu a taxa subir acima do objetivo do BCE, e Portugal, que registou um abrandamento.

Esta evolução coloca desafios distintos para a política monetária e para as famílias, que em Portugal continuam a enfrentar uma subida acentuada nos preços dos alimentos.

A avaliação bancária da habitação em agosto estabeleceu um novo recorde, impulsionada por uma subida homóloga de 18,1%, o que evidencia a persistente pressão sobre os preços dos imóveis em todo o território nacional, com especial intensidade nos apartamentos e na Península de Setúbal.

A pressão da Comissão Europeia para a remoção do desconto no ISP coloca o Governo português perante o dilema de alinhar com as políticas ambientais europeias ou proteger os consumidores de um aumento significativo no custo dos combustíveis. A resposta do executivo aponta para uma retirada gradual do apoio, procurando um equilíbrio entre as exigências de Bruxelas e o impacto económico interno.

O excedente orçamental até agosto reflete uma conjuntura económica favorável, marcada por um forte aumento da receita fiscal e das contribuições para a Segurança Social. No entanto, o crescimento da despesa e o aumento dos pagamentos em atraso, especialmente na saúde, constituem pontos de atenção para a sustentabilidade das finanças públicas.

Outubro marca uma viragem no mercado de crédito à habitação, com o fim do ciclo de descidas para os contratos a 3 meses.

Embora os indexantes a 6 e 12 meses ainda proporcionem alívio, a tendência geral aponta para uma estabilização das prestações, exigindo um novo planeamento por parte das famílias.

A garantia pública consolidou-se como um apoio fundamental para a aquisição de casa por jovens, cobrindo uma fatia significativa do mercado de crédito e justificando o recente reforço orçamental por parte do Governo.

A sua eficácia é mais pronunciada em regiões com preços imobiliários mais moderados.

Os sindicatos europeus das finanças alertam para um prejuízo fiscal massivo de 50 mil milhões de euros anuais devido a plataformas digitais, exigindo uma resposta urgente e coordenada da UE para responsabilizar estas empresas e proteger a economia e os consumidores europeus.

O Governo dos Açores propõe para 2026 um reajuste de prioridades, aumentando o investimento na agricultura e na sua modernização digital, enquanto diminui a verba para as pescas. A estratégia assenta num forte investimento público global e na execução rigorosa dos fundos comunitários para impulsionar a economia regional.

A Lufthansa avança com um plano de reestruturação que combina a redução de 4.000 postos administrativos para aumentar a eficiência com um forte investimento na modernização da frota. A companhia alemã mantém, no entanto, um interesse estratégico na privatização da TAP, considerando-a uma peça importante na sua estratégia de consolidação europeia.