Briefing: Os números da semana

A subida do 'rating' de Portugal pela Fitch para 'A' confirma a trajetória de consolidação orçamental e crescimento económico do país. A decisão, apoiada pela redução da dívida pública e por um desempenho económico superior à média da zona euro, reforça a confiança dos investidores e melhora as condições de financiamento do Estado.

O lucro da Ibersol no primeiro semestre de 2025 caiu para 1,6 milhões de euros, uma redução significativa face a 2024, principalmente devido a uma mais-valia extraordinária registada no ano anterior. Apesar da quebra no resultado líquido, o volume de negócios cresceu 17,8%, impulsionado pela integração de novas unidades KFC, sinalizando uma contínua expansão operacional.

O tráfego aéreo em Portugal continua em forte expansão, com um aumento de 4,9% no número de passageiros nos primeiros sete meses do ano, totalizando 42 milhões. O crescimento foi liderado pelo Aeroporto de Faro, enquanto Lisboa manteve a maior quota de mercado. O Reino Unido consolidou-se como o principal mercado emissor, apesar de uma ligeira desaceleração no ritmo de crescimento geral em julho.

A CGTP-IN reivindica um salário mínimo de 1.050 euros e um aumento salarial geral de 15% para 2026, argumentando que 57% dos trabalhadores ganham menos de mil euros. A proposta surge em oposição ao pacote laboral do Governo e será defendida numa jornada de luta nacional, sublinhando a urgência de uma política de rendimentos mais justa.

Os pagamentos do PRR alcançaram 8.942 milhões de euros, correspondendo a 40% da dotação total, com as empresas a receberem a maior fatia (3.219 milhões).

O valor dos projetos aprovados já excede a dotação em 2%, o que demonstra uma forte adesão ao plano, mas também um desafio de execução até 2026.

As taxas Euribor apresentaram uma ligeira tendência de descida, com o indexante a seis meses a fixar-se em 2,108%, refletindo a manutenção das taxas de juro pelo BCE. Esta estabilização é uma notícia positiva para as famílias com crédito à habitação em Portugal, onde a Euribor a seis meses é o principal indexante, sinalizando um período de maior previsibilidade nas prestações.

O BCE manteve as taxas de juro de referência, com a taxa de depósito a fixar-se em 2,00%, e declarou o fim do ciclo de desinflação. A instituição melhorou a previsão de crescimento do PIB da Zona Euro para 1,2% em 2025, sinalizando confiança na resiliência económica, apesar de se manter vigilante face aos riscos globais.

O INE confirmou que o coeficiente de atualização das rendas para 2026 será de 2,24%, um valor que permitirá aos senhorios aumentar as rendas até esse limite.

Este aumento, superior ao de 2025, reflete a inflação e agrava a pressão sobre os orçamentos familiares num mercado de arrendamento já sobreaquecido.

Um estudo alerta que as novas políticas da UE sobre fitofármacos podem custar 510 milhões de euros anuais à agricultura portuguesa, ameaçando a viabilidade de setores como a vinha, o olival e o tomate. A medida, que visa reduzir o uso de pesticidas, poderá levar a quebras de produtividade e a um impacto negativo de 360 milhões de euros nas exportações.

A Teixeira Duarte voltará a integrar o índice PSI a 22 de setembro, após uma valorização bolsista superior a 470% em 2025.

O regresso, nove anos depois, é impulsionado por novos contratos de grande dimensão e pela melhoria dos resultados financeiros, aumentando a visibilidade da construtora junto dos investidores e elevando para 16 o número de empresas no principal índice português.