Briefing: Empresas de tecnologia

A privatização da TAP atraiu os três gigantes da aviação europeia, Air France-KLM, Lufthansa e IAG.

O processo visa garantir a sustentabilidade da companhia, mas gera preocupações sindicais sobre o caderno de encargos e o futuro dos trabalhadores, enquanto analistas veem a operação como uma batalha estratégica pelo domínio do corredor aéreo ibérico e atlântico.

A Airbus foi forçada a emitir alertas para a sua popular família de aeronaves A320 devido a dois problemas distintos: uma falha de software vulnerável à radiação solar, que afetou cerca de 6.000 aviões, e defeitos de qualidade na fuselagem de até 628 aeronaves.

Estes incidentes causaram disrupções operacionais globais, cancelamentos de voos e um impacto negativo nas ações da empresa.

A Altice International executou uma profunda reestruturação para fortalecer a sua posição financeira, destacando a Altice Portugal como pilar central.

As principais medidas incluem a designação da operação portuguesa como 'subsidiária sem restrições', a obtenção de um financiamento de 750 milhões de euros, a venda do seu data center na Covilhã à Asterion por 120 milhões de euros e a alienação da sua participação na Intelcia, visando aumentar a flexibilidade e focar-se no negócio principal.

As três principais operadoras de telecomunicações em Portugal — MEO, NOS e Vodafone — anunciaram aumentos de preços para 2026, alinhados com a taxa de inflação e as condições contratuais. As empresas justificam a medida com a necessidade de continuar a investir na qualidade das redes e serviços, após um período em que algumas, como a NOS, absorveram o aumento dos custos operacionais.

A Impresa firmou um acordo estratégico com o grupo italiano MFE – MediaForEurope, que passará a deter 32,9% do capital através de um aumento de capital de 17,3 milhões de euros.

A família Balsemão manterá o controlo da dona da SIC, numa parceria que, segundo o CEO Francisco Pedro Balsemão, une empresas com a mesma visão sobre o futuro dos media.

A Siemens Gamesa e outras empresas que receberam milhões em fundos europeus avançaram com despedimentos de centenas de trabalhadores, gerando controvérsia. A Siemens Gamesa, após receber 5,2 milhões de euros, dispensou mais de 300 trabalhadores em Vagos e Oliveira de Frades. O caso levou o Bloco de Esquerda a exigir maior escrutínio do Governo, argumentando que empresas beneficiárias de apoios públicos devem ter maior responsabilidade social.

O presidente da SATA, Rui Coutinho, demitiu-se, sendo substituído pelo diretor financeiro Tiago Santos para garantir a continuidade da reestruturação do grupo. A mudança ocorre enquanto avança a privatização da Azores Airlines, com uma proposta de 17 milhões de euros do consórcio Atlantic Connect Group por 85% da companhia, num processo que o Governo Regional pediu para estender até final de 2026.

A Indico Capital Partners lançou o seu sexto fundo, o Indico VC Fund III, com um capital-alvo de 125 milhões de euros, focado em startups de tecnologia de Portugal, Espanha e Itália. Com um investimento inicial de 30 milhões do Fundo Europeu de Investimento, o fundo visa impulsionar empresas nas áreas de IA, Deep Tech e economia azul, reforçando o ecossistema de inovação do sul da Europa.

O Grupo Brisa adquiriu a totalidade da empresa francesa Axxès, especialista em portagens eletrónicas para veículos pesados.

A operação, cujo valor não foi revelado, posiciona a Via Verde como um dos maiores prestadores europeus de serviços de mobilidade, reforçando a sua presença internacional e o seu foco no segmento de transportes e logística.

A Anacom revelou um aumento de 8% nas reclamações no setor das comunicações no terceiro trimestre de 2025. A Vodafone foi a operadora com mais queixas em termos absolutos (5,3 mil), seguida pela MEO, que registou o maior crescimento no volume de reclamações.

A morosidade na reparação de avarias continua a ser o principal motivo de queixa dos consumidores.