Briefing: Encerramentos de urgências esta semana

Uma avaria informática no Hospital Beatriz Ângelo causou perturbações graves, levando ao adiamento de cirurgias e consultas e ao desvio de doentes urgentes. O incidente destacou a dependência crítica da tecnologia na saúde e a necessidade de planos de contingência robustos, tendo a situação sido resolvida de forma faseada após a identificação do problema.

A urgência do Hospital de Évora limitou novamente a admissão de doentes, aceitando apenas casos referenciados, devido à sobrecarga de utentes e à falta de profissionais.

Esta situação recorrente, que já se tinha verificado em agosto, reflete dificuldades estruturais e obriga a população a recorrer a alternativas como a linha SNS 24 ou outros centros de saúde.

A urgência geral do Hospital de Beja esteve condicionada durante 24 horas devido à falta de médicos para completar a escala, aceitando apenas doentes referenciados. A situação reflete a crise de recursos humanos no SNS e obrigou os utentes a contactar a linha SNS 24 ou a dirigir-se a outros serviços de urgência na região.

A VMER de Portalegre acumulou 480 horas de inoperacionalidade em sete meses devido à falta de médicos, situação que coincidiu com duas mortes e gerou protestos da autarquia. Como resposta, foram implementadas medidas de contingência, como o uso de uma ambulância SIV, enquanto se procuram soluções estruturais com o INEM.

Uma grávida foi forçada a viajar para Coimbra devido ao encerramento da urgência de obstetrícia em Aveiro, acabando por dar à luz numa ambulância. O incidente, que terminou bem para mãe e filha, evidencia os perigos decorrentes da suspensão de serviços de saúde essenciais e o aumento do risco para as parturientes.

Após meses de encerramentos intermitentes, a urgência de obstetrícia do Hospital Garcia de Orta, em Almada, foi reforçada com sete novos médicos para assegurar o funcionamento 24 horas por dia. A medida visa resolver a crise no atendimento a grávidas na Península de Setúbal, embora subsistam dúvidas sobre a garantia imediata de todas as escalas.

A morte de um bebé de 11 meses em Idanha-a-Nova está sob investigação do Ministério Público, após a mãe alegar que o atendimento na urgência foi recusado por ser perto da hora de fecho. As autoridades de saúde e os bombeiros contradizem esta versão, afirmando que foram iniciadas manobras de reanimação imediatas, mas sem sucesso.

A urgência de trauma do Hospital de Santa Maria estava encerrada no momento da tragédia do Elevador da Glória, expondo fragilidades na resposta a desastres. Apesar do encerramento, dezenas de médicos apresentaram-se voluntariamente para socorrer as vítimas, embora a situação tenha gerado controvérsia e informações contraditórias sobre a prontidão do hospital.

A urgência do Centro de Saúde da Ribeira Brava encerrou durante uma manhã para uma intervenção programada na rede elétrica.

A medida, comunicada previamente pelo SESARAM, incluiu a indicação de serviços alternativos, contrastando com os encerramentos não planeados por falta de pessoal noutras regiões do país.