Briefing: Fusões e Aquisições (M&A)

A privatização parcial da TAP atraiu o interesse formal dos três maiores conglomerados de aviação da Europa. A escolha do parceiro estratégico dependerá não só do valor financeiro, mas também da capacidade de potenciar o hub de Lisboa e as rotas estratégicas da companhia, nomeadamente para o Brasil, em conformidade com as exigências do Estado português.

A privatização da TAP de 2015 está sob investigação por suspeitas de graves irregularidades financeiras, com figuras centrais do negócio a serem constituídas arguidas.

A operação judicial levanta questões sobre a legalidade da transação original, precisamente no momento em que o Estado prepara uma nova venda da companhia aérea.

A Impresa alienou a sua participação na bilheteira online BOL por 3,5 milhões de euros, obtendo uma mais-valia de um milhão.

A venda ao fundo Crest II está alinhada com a estratégia do grupo de se concentrar no seu core business, enquanto negoceia a entrada de novos investidores no seu capital.

A compra do Novobanco pelo grupo francês BPCE foi um marco na banca portuguesa, com concorrentes como o BCP e o Santander a justificarem a sua não participação com o preço elevado e a estratégia de crescimento orgânico.

O negócio solidifica a presença de um novo gigante europeu em Portugal e tem repercussões noutros setores, como o dos seguros.

A privatização da Azores Airlines está num impasse, dependendo de um acordo entre o consórcio comprador Newtour/MS Aviation e o sindicato do pessoal de cabine. A ausência de um entendimento laboral levará à retirada da proposta de aquisição, colocando em risco o futuro da companhia aérea açoriana.

A Altice recebeu uma proposta de 652 milhões de dólares da Bezeq pela sua operadora israelita Hot Mobile. A potencial venda insere-se na estratégia do grupo de Patrick Drahi de alienar ativos para reduzir a sua dívida, representando um movimento de consolidação significativo no mercado de telecomunicações de Israel.

Impulsionada pelo seu acionista britânico Ardonagh, a corretora MDS está em plena expansão através de uma agressiva política de aquisições.

Com 400 milhões de euros já investidos e mais 100 milhões previstos para 2026, o grupo consolida a sua liderança em Portugal e reforça a sua presença internacional.

A Lince Capital reforça a sua aposta no ecossistema de inovação português com o lançamento de um novo fundo de 20 milhões de euros para tecnologia e saúde. A iniciativa surge após a gestora ter ultrapassado 140 milhões de euros investidos em 36 startups, incluindo os unicórnios Sword Health e Feedzai.

Após um período de tensão, a Renault e a Nissan estão a explorar formas de reforçar a sua aliança histórica. As mudanças de liderança e a necessidade de sinergias para enfrentar os desafios do setor automóvel estão a impulsionar uma reaproximação estratégica entre as duas fabricantes.

A KPMG reestruturou as suas operações em Portugal e Angola, criando um 'cluster' com um modelo de governação unificado sob a liderança de Vítor Ribeirinho.

A mudança visa reforçar as sinergias entre os dois mercados, acelerar a tomada de decisões e potenciar o crescimento da operação angolana com o apoio da estrutura portuguesa.