Briefing: Fusões e Aquisições (M&A)

A formalização da venda do Novobanco ao grupo francês BPCE encerra um ciclo de intervenção estatal iniciado com a resolução do BES. A operação garante uma recuperação de quase 2 mil milhões de euros para o Estado português e estabelece limites de responsabilidade futura, enquanto o novo acionista se compromete a manter a identidade e o foco do banco na economia nacional.

O processo de privatização da TAP atrai o interesse dos maiores grupos aéreos europeus, como a Lufthansa, que analisa detalhadamente o caderno de encargos. No entanto, o negócio enfrenta incertezas significativas, nomeadamente o potencial impacto financeiro de uma avultada indemnização a tripulantes e a forma como a privatização afetará a perceção de apoio estatal, um fator crucial para a estabilidade financeira da companhia.

A Impresa está em negociações avançadas com o grupo italiano MFE, da família Berlusconi, para a venda de uma participação relevante. A operação é vista como uma solução para os desafios financeiros do grupo português, ao mesmo tempo que se enquadra na estratégia de expansão europeia da MFE no setor dos media.

A privatização da Azores Airlines está num impasse devido a acusações de falta de transparência por parte do consórcio comprador e do sindicato dos pilotos contra a SATA Holding.

Enquanto a SATA nega estar a bloquear o processo, as outras partes insistem que a recusa em partilhar informação crucial compromete a negociação e o futuro da companhia aérea.

O Banijay Group, proprietário da Betclic, está perto de adquirir a casa de apostas alemã Tipico por 4,5 mil milhões de euros.

Esta aquisição criará um dos maiores operadores de jogo da Europa e representa um retorno financeiro significativo para a CVC Capital Partners, que vende a Tipico após uma forte aposta na consolidação do seu negócio no mercado europeu.

Em resposta direta às sanções impostas pelos Estados Unidos, a petrolífera russa Lukoil decidiu vender os seus ativos internacionais.

Esta medida reflete o impacto crescente das restrições económicas ocidentais sobre as grandes empresas russas, forçando-as a uma reorganização estratégica em larga escala.