Briefing: Fusões e Aquisições (M&A)

A aquisição do Novobanco pelo BPCE por 6,4 mil milhões de euros encerra o ciclo pós-BES, reforça a presença francesa na banca portuguesa e representa uma recuperação significativa de fundos públicos.

Embora marcada por controvérsias judiciais e reivindicações laborais, a operação é vista como estratégica para a estabilidade e diversificação do setor financeiro nacional.

O acordo da Galp com a TotalEnergies na Namíbia visa reduzir o risco e diversificar os ativos na Bacia de Orange, trocando uma participação maioritária em Mopane por fatias em outros projetos promissores.

No entanto, os termos da transação desapontaram os investidores, resultando numa queda acentuada do valor das ações da empresa.

A integração do EuroBic pelo Abanca solidifica a sua posição no mercado português, transformando a entidade numa filial de direito nacional com uma escala consideravelmente maior.

A estratégia foca-se no crescimento orgânico em segmentos-chave e no aprofundamento das sinergias ibéricas, mantendo a confiança como pilar central.

A adjudicação da concessão do novo aeroporto de Luanda ao consórcio que integra a Mota-Engil por 25 anos representa uma vitória estratégica para a construtora portuguesa, reforçando a sua carteira de encomendas e a sua posição de liderança em África.

A decisão sublinha a capacidade técnica do consórcio e impulsionou a confiança dos investidores na empresa.

A aprovação da compra do negócio de crédito ao consumo da Unicre pelo Novobanco, por parte da Autoridade da Concorrência, permite ao banco reforçar a sua posição no mercado.

A operação avança sem entraves regulatórios, mas enfrenta preocupações sindicais relativas ao futuro de cerca de metade dos trabalhadores afetados.

O ambicioso plano de fusão entre as gestoras de ativos do BPCE e da Generali foi cancelado devido a preocupações do governo italiano sobre a soberania da dívida pública.

O fracasso do negócio, que criaria um líder europeu no setor, evidencia os desafios políticos e regulatórios que continuam a dificultar a consolidação bancária transfronteiriça na Europa.

A aquisição da Cristalerías Toro por 77 milhões de euros permite à Vidrala uma entrada estratégica no mercado chileno, fortalecendo a sua presença na América Latina.

A operação, que deverá ser concluída em 2026, alinha-se com a estratégia de crescimento e diversificação geográfica do grupo espanhol no setor de embalagens de vidro.