Briefing: Fusões e Aquisições (M&A)

A Novartis vai adquirir a Avidity Biosciences por 10 mil milhões de euros, fortalecendo a sua posição nos tratamentos de doenças neuromusculares. O acordo, que oferece um prémio de 46% aos acionistas da Avidity, deverá ser concluído no primeiro semestre de 2026 e alinha-se com a estratégia da Novartis de investir em terapias inovadoras e expandir a sua presença nos EUA.

A Warner Bros.

Discovery está a considerar uma venda total ou parcial após receber propostas não solicitadas de gigantes como Netflix, Amazon e Apple. O conselho de administração iniciou uma revisão estratégica para maximizar o valor para os acionistas, com opções que vão desde a venda de ativos específicos, como a HBO e a DC Comics, até à alienação completa do grupo.

O Grupo Lufthansa mantém um forte interesse na privatização da TAP, analisando o caderno de encargos para a venda de até 44,9% da companhia. O interesse persiste mesmo com a contingência de uma indemnização de até 300 milhões de euros a tripulantes, um fator que não parece demover os potenciais compradores, incluindo também a Air France-KLM e a IAG.

A Kering vendeu a sua divisão de beleza, incluindo a marca de perfumes Creed, à L'Oréal por 4 mil milhões de euros. A operação, a maior de sempre para a L'Oréal, faz parte da estratégia da Kering para reduzir a sua dívida e focar-se no seu negócio principal de moda de luxo, enquanto a L'Oréal expande o seu portefólio de luxo.

O processo de privatização da Azores Airlines está num impasse, com o consórcio Newtour/MS Aviation e o sindicato de pilotos a acusarem a SATA Holding de falta de transparência e de impedir o diálogo. O prazo para a proposta final foi adiado para 10 de novembro, enquanto um relatório de empresários alerta para um impacto económico de 1,27 mil milhões de euros e a perda de centenas de empregos em caso de colapso da companhia.

A fusão entre a Getty Images e a Shutterstock está em risco após o regulador da concorrência do Reino Unido ter concluído que a operação poderia reduzir significativamente a concorrência.

A CMA teme o impacto no fornecimento de conteúdo editorial e de arquivo, tanto no Reino Unido como a nível global, e deu às empresas um prazo para apresentar soluções que mitiguem estas preocupações.

A Michelin adquiriu a fábrica da Strucflex/Pronal em Aljustrel, anunciando um investimento de até 3 milhões de euros para duplicar a produção e criar 30 novos empregos. Esta aquisição estratégica permite à Michelin diversificar o seu portefólio para além dos pneus, entrando em novos setores como a aviação civil.

A Autoridade da Concorrência aprovou a aquisição das concessões das autoestradas A22, A27 e A28 pela IIP Amaxi, controlada pelo grupo japonês Mitsubishi UFJ.

A decisão permite que o grupo, que já detém a concessão do Douro Litoral, expanda o seu controlo sobre infraestruturas rodoviárias críticas em Portugal.

A Supreme Fruits, detida pela Jerónimo Martins, vai adquirir ativos estratégicos das empresas Luís Vicente e Nuvi Industrial, expandindo as suas operações de produção, transformação e comercialização de fruta.

A operação, já notificada à Autoridade da Concorrência, reforça a posição do grupo no setor agroalimentar.

A Mota-Engil deixará de acompanhar os aumentos de capital na espanhola Duro Felguera, diluindo a sua participação de 23,89%. A decisão faz parte de um plano de reestruturação da empresa espanhola, que será recapitalizada pelo seu acionista maioritário, o Grupo Prodi, marcando uma mudança na estratégia do grupo português em relação a este investimento.

A seguradora portuguesa GamaLife vai adquirir uma participação de quase 10% no banco italiano Banca Macerata através de um aumento de capital. A operação inclui um acordo de bancassurance de longo prazo e reforça a estratégia de internacionalização da GamaLife no mercado segurador europeu, seguindo a aquisição de uma carteira da Zurich em Itália.

A DFK Portugal expandiu a sua operação através da aquisição de cinco sociedades de auditoria, posicionando-se como uma das dez maiores firmas do setor em Portugal. A empresa prevê um crescimento significativo do volume de negócios e está a investir em tecnologia para otimizar processos, ao mesmo tempo que reforça a sua estrutura de liderança para suportar a expansão.