Briefing: Fusões e Aquisições (M&A)

A conclusão da venda do Novo Banco foi marcada por lucros expressivos para o fundo Lone Star e pela atribuição de prémios de gestão controversos, que ascendem a 1,1 mil milhões de euros. A polémica centra-se no facto de estes bónus serem pagos após avultadas injeções de capital público, gerando um debate intenso sobre ética e responsabilidade no setor financeiro.

Rompendo com a tradição de independência, o testamento de Giorgio Armani estabelece um plano para a venda faseada ou entrada em bolsa da sua casa de moda. A decisão aponta gigantes como LVMH, L'Oréal e EssilorLuxottica como potenciais parceiros, sinalizando uma reconfiguração iminente no mapa do luxo global e o fim de uma era de controlo familiar absoluto.

A Autoridade da Concorrência aprovou a compra da francesa Axxès pela Brisa, permitindo que a empresa portuguesa expanda a sua presença no mercado europeu de portagens eletrónicas para veículos pesados. Esta aquisição estratégica reforça a posição da Brisa como um operador de mobilidade de relevo internacional, mantendo a Axxès a sua autonomia operacional.

A fusão do Eurobic com o Abanca resultará no fim da marca portuguesa em novembro e numa reestruturação da rede física, com o fecho de 24 agências e a saída negociada de 60 funcionários. O banco justifica as medidas com a necessidade de otimizar a rede e criar balcões de maior dimensão, num claro movimento de consolidação no setor bancário.

A Soprema vai investir mais de 100 milhões de euros na construção e expansão de unidades industriais em Almeirim e Alpiarça, um projeto que visa aumentar a capacidade produtiva e reforçar a sua posição no sul da Europa. O investimento, que deverá estar concluído em 2027, criará centenas de postos de trabalho e consolida a região do Ribatejo como um polo industrial atrativo.

Num movimento surpreendente, a Nvidia investiu 4,23 mil milhões de euros numa participação minoritária na Intel, visando a colaboração no desenvolvimento de novos chips.

A notícia foi recebida com forte otimismo pelo mercado, fazendo disparar as ações da Intel e sinalizando uma potencial reconfiguração de alianças no competitivo setor dos semicondutores.

Num negócio estratégico para o mercado de cerveja artesanal, o Esporão vendeu a marca Sovina à Musa e, em troca, adquiriu 10% do seu capital. A operação assegura a continuidade da marca pioneira Sovina, ao mesmo tempo que posiciona o Esporão como parceiro de uma das cervejeiras mais dinâmicas do setor, a Musa.

A portuguesa Officetotal Food Brands comprou a marca Chipicao à PepsiCo por cerca de seis milhões de euros, assumindo a produção e comercialização em Portugal, Espanha e França. A empresa de Ponte de Lima pretende duplicar as vendas da marca, reforçando a sua posição no mercado ibérico de pastelaria industrial e impulsionando a sua estratégia de internacionalização.

A sociedade Dualis Capital tornou-se um acionista de referência na Teixeira Duarte ao superar os 10% do capital.

O movimento coincide com o regresso da construtora ao PSI e sinaliza a intenção dos novos investidores de terem uma palavra a dizer na gestão, ponderando mesmo a entrada no conselho de administração.

A aquisição da MediaMarkt pela Fnac Darty levará ao desaparecimento da marca alemã em Portugal.

O processo de rebranding já começou, com o encerramento da icónica primeira loja em Lisboa, marcando um momento de consolidação no retalho de eletrónica nacional, com a garantia de manutenção dos compromissos com os clientes.