Briefing: Fusões e Aquisições (M&A)

A venda de uma participação de 40% da Luz Saúde à Macquarie por 310 milhões de euros representa uma parceria estratégica que visa acelerar o crescimento, avaliando o grupo de saúde em mais de 1,1 mil milhões de euros. A Fidelidade mantém o controlo maioritário e a equipa de gestão atual, assegurando a continuidade estratégica e abrindo novas oportunidades de expansão após a suspensão do IPO em 2024.

O Governo iniciou a privatização de até 49,9% da TAP, limitando a participação a grandes operadores aéreos com receitas superiores a 5 mil milhões de euros.

O processo, que se estenderá por vários meses, visa garantir a valorização do hub de Lisboa e das rotas estratégicas, atraindo um parceiro com capacidade para assegurar o crescimento e a sustentabilidade financeira da companhia aérea nacional.

A Mota-Engil assegurou um importante contrato de concessão de 30 anos no Brasil para construir e operar o primeiro túnel submerso do país, ligando Santos e Guarujá. O projeto de 1,1 mil milhões de euros, vencido contra a concorrente espanhola Acciona, é uma peça central do programa de infraestruturas brasileiro e fortalece o portefólio internacional da construtora portuguesa.

A OPA hostil do BBVA sobre o Sabadell recebeu luz verde do regulador espanhol, iniciando um período de aceitação de 30 dias para uma operação que poderá criar um gigante bancário europeu. Apesar da oposição do conselho do Sabadell e das condições impostas pelo governo espanhol, o BBVA avança com a oferta, argumentando que a sua proposta se valorizou significativamente.

Dez anos após uma fusão mediática, a Kraft Heinz vai dividir-se em duas empresas distintas, uma focada em molhos e condimentos globais e outra em mercearias norte-americanas.

A decisão visa desbloquear valor e simplificar a gestão, mas foi recebida com desapontamento por Warren Buffett e ceticismo pelo mercado, marcando o fim de uma das apostas mais notórias do investidor.

O Governo português autorizou a Caixa Geral de Depósitos a relançar, pela terceira vez, a venda da sua subsidiária no Brasil. A decisão surge após o CEO da CGD, Paulo Macedo, ter confirmado o interesse de potenciais compradores, retomando um processo de desinvestimento exigido no plano de reestruturação do banco público, apesar dos desafios financeiros associados à unidade brasileira.

A Visabeira avançou com uma OPA sobre a Martifer, consolidando uma aliança com a Mota-Engil e a família Martins que controla mais de 85% do capital. A administração da Martifer considerou o preço de 2,057 euros por ação como “adequado”, embora a associação de pequenos acionistas o considere baixo e espere uma revisão em alta.

A Bright Pixel Capital, veículo de investimento da Sonae, liderou uma ronda de financiamento de 8,6 milhões de euros na Tidal Cyber, uma startup norte-americana de cibersegurança. O investimento visa impulsionar a plataforma de defesa orientada por ameaças da empresa, reforçando a aposta estratégica do grupo português em tecnologias de segurança inovadoras com impacto global.

A Dualis Capital, do empresário Eduardo Sardo, tornou-se o segundo maior acionista da Teixeira Duarte, com quase 10% do capital, e planeia aumentar a sua participação.

A investidora pretende criar uma parceria estratégica para capitalizar o bom momento do setor da construção, enquanto a construtora encara o movimento como um voto de confiança na sua gestão e estratégia.

A Arrow Global reforçou a sua presença em Portugal com a aquisição de uma participação maioritária na Engexpor, empresa especializada em gestão de projetos. A operação permite à gestora de fundos britânica integrar competências técnicas na sua cadeia de valor imobiliária, enquanto a Engexpor ganha um parceiro estratégico para acelerar o seu crescimento, mantendo a sua independência operacional.