Briefing: Fusões e Aquisições (M&A)

A venda de 40% da Luz Saúde à Macquarie por 310 milhões de euros marca uma reorientação estratégica da Fidelidade após o adiamento do IPO. A operação mantém o controlo maioritário na seguradora, garante a continuidade da gestão e introduz um parceiro global para impulsionar a expansão da rede de saúde, avaliada em mais de 1,1 mil milhões de euros.

A privatização parcial da TAP avança com regras claras que visam atrair grandes operadores aéreos, exigindo receitas mínimas de cinco mil milhões de euros. O processo, que se estenderá por vários meses, tem como objetivos estratégicos a valorização do hub de Lisboa e a proteção de rotas chave, enquanto se procura maximizar o retorno para o Estado e garantir o crescimento futuro da companhia com capital privado.

Com a luz verde do regulador espanhol, a OPA hostil do BBVA sobre o Sabadell entra na sua fase decisiva. A operação enfrenta a resistência do Sabadell e a intervenção do governo espanhol, mas, se concretizada, criará um gigante bancário na Europa, alterando significativamente o panorama financeiro espanhol.

Dez anos após uma fusão que prometia eficiência e crescimento, a Kraft Heinz vai separar-se em duas empresas distintas para focar em estratégias de crescimento mais ágeis. A decisão marca o fim de um capítulo considerado um raro erro de investimento para Warren Buffett, refletindo as dificuldades da gigante alimentar em adaptar-se às novas realidades do mercado de consumo.

A Mota-Engil assegurou um contrato estratégico de 1,1 mil milhões de euros para construir e operar o primeiro túnel submerso do Brasil. A vitória sobre a concorrente espanhola Acciona consolida a posição da construtora portuguesa em grandes projetos de infraestrutura na América Latina e marca um passo importante no desenvolvimento da mobilidade na região de São Paulo.

Após duas tentativas falhadas, o Governo português e a CGD voltam a colocar no mercado o Banco Caixa Geral - Brasil.

A decisão, impulsionada pelo renovado interesse de potenciais compradores, visa concluir um desinvestimento estratégico exigido no plano de reestruturação de 2017 e focar as operações do banco público.

A OPA da Visabeira sobre a Martifer avança com o apoio da administração da empresa visada, que considera o preço adequado no atual contexto de mercado. Contudo, a oferta enfrenta a oposição de pequenos acionistas que a consideram baixa, abrindo a possibilidade de uma reavaliação do valor proposto para garantir a equidade da transação.

O investimento da Bright Pixel na Tidal Cyber evidencia a aposta estratégica da Sonae em tecnologias de cibersegurança de ponta.

Ao liderar a ronda de 8,6 milhões de euros, o grupo português apoia uma abordagem inovadora que promete tornar as defesas das organizações mais eficazes e proativas contra ameaças cibernéticas reais.

A compra do Novobanco pelo grupo francês BPCE por 6,4 mil milhões de euros é um marco na banca europeia. A operação não só garante a estabilidade do banco português, como também impulsiona a expansão do BPCE em Portugal, com a abertura de um novo escritório da Natixis em Lisboa e a promessa de manter os postos de trabalho.

A venda estratégica de 51% da Alloga Logifarma foi o principal catalisador para o aumento exponencial dos lucros da Farminveste no primeiro semestre de 2025.

A operação não só gerou uma mais-valia significativa, como também permitiu ao grupo apresentar um crescimento operacional sólido nas suas restantes áreas de negócio, com perspetivas de alienação total do ativo no futuro.

A aquisição da Apside pela CGI representa um movimento estratégico para reforçar a sua presença na Europa, com um impacto direto em Portugal.

A integração de novos talentos e competências especializadas permitirá à CGI alargar a sua oferta de serviços digitais e de engenharia, respondendo de forma mais robusta às necessidades de transformação dos seus clientes.