Briefing: Greves esta semana

A greve geral da Administração Pública, com forte adesão segundo os sindicatos, paralisou setores vitais como a educação, saúde e recolha de resíduos.

Os trabalhadores protestam contra a degradação dos serviços públicos e as políticas salariais do Governo, exigindo aumentos significativos e a valorização das carreiras, ameaçando com novas formas de luta.

A greve dos médicos, com uma adesão estimada em 80% pela FNAM, paralisou consultas e cirurgias programadas em todo o país.

Os médicos protestam contra a falta de negociação por parte da tutela e opõem-se veementemente à proposta de mobilidade forçada para as urgências regionais, considerando-a um risco para os doentes e um fator que agravará a saída de profissionais do SNS.

A plataforma sindical dos enfermeiros contesta os novos diplomas para as urgências e centros de desempenho, criticando a falta de clareza nos suplementos de deslocação e os incentivos propostos. Ameaçam com uma paralisação do setor a partir de novembro se o Governo não acolher as suas recomendações, alertando para um agravamento da instabilidade no SNS.

Os trabalhadores das IPSS iniciam uma quinzena de protestos a nível nacional, começando no norte do país, para exigir um aumento salarial de 150 euros, a semana de 35 horas e a valorização das carreiras.

A luta visa combater os baixos salários e a disparidade face ao setor público, que afeta particularmente enfermeiros e técnicos superiores.

Greves nos setores da saúde e educação, na véspera da paralisação geral, registaram forte adesão, segundo os sindicatos.

O protesto foi marcado por denúncias de entraves ao direito à greve, com administrações hospitalares a difundirem informações falsas e associações de pais a substituírem ilegalmente funcionários não docentes.

Professores da Escola Portuguesa de Díli entraram em greve por tempo indeterminado, contestando a exigência de devolução do subsídio de instalação. Os docentes argumentam que tiveram de se reinstalar em Timor-Leste após um período de incerteza sobre a sua colocação, considerando a medida da tutela ilegal e injusta.