Briefing: Greves esta semana

A greve geral da Função Pública, convocada pela Frente Comum, demonstrou um amplo descontentamento dos trabalhadores, com particular impacto nos setores da educação e da saúde.

As principais reivindicações focam-se na valorização salarial e das carreiras, e no reforço do investimento nos serviços públicos.

Apesar de divergências nos números da adesão, a paralisação serviu como um forte sinal de protesto contra as políticas governamentais.

A greve nacional dos médicos, com uma adesão de 80%, paralisou grande parte da atividade programada do SNS.

A FNAM liderou o protesto contra a recusa do Governo em negociar salários e condições de trabalho dignas, e contra o novo modelo de urgências regionais, que consideram perigoso para os utentes e prejudicial para os profissionais. A federação acusa a ministra da Saúde de intransigência e de quebrar promessas, intensificando o clima de conflito no setor.

O protesto das forças de segurança junto ao Parlamento evidencia um profundo mal-estar na PSP e na GNR, motivado por salários baixos, carreiras estagnadas e más condições de trabalho. Os sindicatos acusam o Governo de inação e falta de propostas concretas, alertando que a desvalorização da profissão compromete a segurança nacional. A manifestação reflete um culminar de negociações falhadas e a ameaça de novas ações de luta caso as suas reivindicações não sejam atendidas.

A plataforma sindical de enfermeiros contesta as propostas do Governo para as urgências regionais e centros de elevado desempenho, ameaçando com uma greve nacional a partir de novembro. As principais reivindicações centram-se na igualdade dos suplementos de deslocação e na revisão dos incentivos individuais.

A falta de acordo pode levar à paralisação de um setor essencial, agravando a instabilidade no Serviço Nacional de Saúde.