Briefing: Greves esta semana

A greve dos revisores da CP, motivada pelo incumprimento de acordos sobre escalas de serviço e pela insegurança em comboios sobrelotados, afetará os serviços de longo curso no início de novembro. A paralisação sublinha as tensões laborais persistentes na empresa e a necessidade de resolver questões estruturais de segurança e condições de trabalho.

A iminente paragem das juntas médicas, causada pela exaustão de verbas, ameaça suspender um serviço público essencial.

Esta interrupção forçada, que não constitui uma greve, deixará milhares de doentes sem resposta e evidencia falhas no planeamento orçamental da saúde.

A ordem para os hospitais conterem a despesa, mesmo com risco de abrandar a atividade, gerou forte contestação.

Sindicatos e ordens profissionais alertam para o impacto negativo no acesso dos doentes a cuidados, enquanto o Governo defende a medida como um esforço de eficiência, num clima de crescente tensão política e laboral no setor da saúde.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses rejeita a política orçamental do Governo para a saúde, expressando total desconfiança e considerando-a uma ameaça às condições de trabalho e à qualidade do SNS.

Esta posição demarca um cenário de confronto e prenuncia possíveis ações de luta.

A persistente falta de professores, afetando centenas de escolas e milhares de alunos, continua a ser uma crise no sistema educativo português.

O problema, mais grave em Lisboa e no Sul, reflete questões estruturais da carreira docente e alimenta o descontentamento sindical, mantendo a educação como um foco de potencial conflito social e laboral.

O SNESup adverte que a desvalorização das carreiras docente e de investigação no ensino superior poderá provocar uma grave escassez de profissionais, à semelhança do que ocorre no ensino básico. O sindicato apela a medidas urgentes do Governo para evitar uma crise de recursos humanos e a consequente degradação da qualidade das universidades e politécnicos.

A implementação de um novo sistema informático nos tribunais administrativos e fiscais gerou o caos, com perda de processos e paralisação do trabalho, segundo os sindicatos.

Esta falha grave, denunciada por magistrados, está a impedir o normal funcionamento da justiça, evidenciando problemas estruturais na modernização tecnológica do setor.

A greve na Escola Portuguesa de Díli foi cancelada após a direção ter revogado a exigência de devolução de um subsídio aos professores.

O desfecho positivo do conflito, alcançado através da negociação, evitou a paralisação das aulas e constituiu uma vitória para os docentes.