Briefing: Guerra da Ucrânia vs Rússia

Numa ação coordenada, os EUA e a UE impuseram novas e severas sanções à Rússia, visando diretamente o seu setor energético (petróleo e GNL) e financeiro.

Enquanto Moscovo minimiza os efeitos, os líderes ocidentais e ucranianos consideram as medidas um passo crucial para asfixiar a economia de guerra do Kremlin.

A tentativa da UE de criar um mecanismo de financiamento de 140 mil milhões de euros para a Ucrânia, baseado nos lucros de ativos russos congelados, fracassou devido ao veto da Bélgica.

Citando riscos legais e financeiros, o governo belga bloqueou o acordo, adiando uma decisão crucial sobre o apoio a longo prazo a Kiev.

A tentativa de organizar uma cimeira de paz entre Trump e Putin em Budapeste fracassou, resultando num endurecimento da posição dos EUA, que optaram por impor sanções económicas em vez de prosseguir com o diálogo.

O episódio expôs a profunda desconfiança e a ausência de um terreno comum para negociações entre Washington e Moscovo.

A visita de Volodymyr Zelensky a Londres e Bruxelas foi fundamental para reafirmar o compromisso dos parceiros europeus.

O líder ucraniano garantiu apoio político e pressionou por mais sanções e ajuda militar, mantendo a causa ucraniana no centro das atenções diplomáticas do continente.

A campanha estratégica da Ucrânia contra o setor energético russo está a causar disrupções económicas tangíveis.

Através de ataques persistentes com drones a refinarias, Kiev conseguiu diminuir a capacidade de produção de combustível da Rússia, afetando tanto o seu mercado interno como a sua máquina de guerra.

A breve, mas significativa, violação do espaço aéreo da Lituânia por aeronaves russas intensificou as tensões na fronteira oriental da NATO. A rápida resposta da Aliança e o protesto diplomático de Vilnius sublinham a sensibilidade da situação e a prontidão dos aliados para defender a sua integridade territorial.

A União Europeia reafirmou o seu forte compromisso político com o apoio financeiro de longo prazo à Ucrânia, prometendo garantir as suas necessidades até 2027.

Esta decisão visa sinalizar a Moscovo que, apesar dos desafios internos, o bloco permanece unido no seu apoio a Kiev.

A Ucrânia deu um passo decisivo para modernizar a sua força aérea ao assinar um acordo com a Suécia para a compra de até 150 caças Gripen. Este acordo de longo prazo é um dos maiores investimentos militares de Kiev e fortalece significativamente as suas capacidades de defesa para os próximos anos.

A Rússia realizou exercícios nucleares em larga escala sob a supervisão direta de Vladimir Putin, testando a sua tríade nuclear.

A manobra, descrita como de rotina, é vista como uma clara demonstração de força e dissuasão estratégica dirigida ao Ocidente, em resposta ao aumento das sanções e ao colapso das recentes iniciativas diplomáticas.

A proposta de congelar a guerra nas linhas da frente atuais emergiu como um novo e significativo eixo diplomático. Embora aceite como ponto de partida por Kiev e aliados europeus, a recusa de Moscovo e a profunda divergência sobre a soberania territorial permanecem como os principais obstáculos a qualquer acordo de paz.

Numa demonstração de unidade e reforço da segurança europeia, o Reino Unido e a Alemanha iniciaram patrulhas aéreas conjuntas no Atlântico Norte para rastrear submarinos russos.

A medida, enquadrada num acordo de defesa bilateral, visa aumentar a capacidade de dissuasão da NATO contra a atividade naval de Moscovo.

Altos comandantes militares franceses alertaram publicamente que a França e a Europa devem preparar-se para um potencial conflito militar com a Rússia nos próximos anos.

Estes avisos sublinham uma mudança na avaliação estratégica da ameaça russa e a urgência de reforçar as capacidades de defesa do continente.