Briefing: Notícias sobre medicamentos

O alargamento da vacinação gratuita contra o HPV até aos 26 anos, a partir de 2026, constitui uma importante medida de saúde pública em Portugal. A decisão, fundamentada no sucesso das elevadas taxas de cobertura atuais, visa acelerar a eliminação do vírus e prevenir cancros associados, reforçando o compromisso do Programa Nacional de Vacinação com a proteção da população a longo prazo.

A União Europeia continua a diversificar o seu portfólio de vacinas contra a COVID-19 com a aquisição da Bimervax, uma vacina de base proteica, para reforçar a preparação para o inverno. Em paralelo, a campanha de vacinação sazonal em Portugal demonstra uma forte adesão inicial, com as farmácias a assumirem um papel central na administração de vacinas contra a gripe e a COVID-19, visando proteger os grupos mais vulneráveis.

Apesar do sucesso histórico do PNV, Portugal enfrenta o desafio crescente da hesitação vacinal, impulsionada pela desinformação online.

Peritos em saúde pública e profissionais no terreno defendem uma aposta contínua na comunicação transparente e na educação para a saúde como ferramentas essenciais para combater mitos, reforçar a confiança nas vacinas e manter as elevadas taxas de cobertura que protegem a comunidade.

Ao celebrar 60 anos de sucesso, o PNV reafirma a sua importância histórica na transformação da saúde em Portugal. O lançamento do "Livro Azul de Vacinas" simboliza um passo estratégico para o futuro, dotando os profissionais de saúde de uma ferramenta dinâmica e baseada na evidência para adaptar as políticas de imunização aos desafios de um mundo em constante mudança.

A petição para incluir a vacina contra a Zona no PNV reflete um forte consenso técnico e social sobre a necessidade de tornar esta forma de prevenção acessível a todos. Os seus defensores argumentam que a medida não só aliviaria o sofrimento de milhares de pessoas, mas também representaria uma poupança para o SNS, promovendo a sustentabilidade do sistema de saúde e a equidade no acesso à prevenção.

A crescente procura por medicamentos como o Ozempic e o Mounjaro para perda de peso alimentou um mercado negro de falsificações perigosas.

As autoridades de saúde alertam os consumidores para os riscos fatais da compra em canais não autorizados e insistem que a aquisição destes fármacos sujeitos a receita médica seja feita exclusivamente em farmácias certificadas, sob supervisão profissional.

A suspensão de lotes do antidepressivo Duloxetina pelo Infarmed, devido a uma impureza, é uma medida preventiva de segurança. Enquanto as entidades de saúde devem retirar os lotes do mercado, os doentes são aconselhados a procurar orientação médica antes de qualquer alteração ao seu tratamento, garantindo a continuidade e segurança dos cuidados.

Perante uma rutura de stock do medicamento Quantalan, o Infarmed implementou uma solução excecional ao permitir a sua venda com rotulagem em italiano, garantindo a sua disponibilidade. A medida, complementada pela disponibilização de um folheto em português e pela possibilidade de substituição por um fármaco similar, evidencia uma abordagem flexível para proteger a continuidade dos cuidados de saúde dos doentes.

A proposta da ANF para que as farmácias tratem infeções ligeiras abriu uma discussão sobre a reorganização dos cuidados de saúde em Portugal. Enquanto a medida é vista como uma solução para descongestionar as urgências, suscita preocupações entre os médicos sobre a segurança e os limites das competências profissionais, evidenciando a necessidade de um consenso alargado para qualquer alteração no modelo de prestação de cuidados.

A viabilidade económica dos medicamentos de baixo custo está em crise, ameaçando o acesso a tratamentos essenciais como os antibióticos.

Peritos e associações defendem reformas urgentes nas políticas de preços e de aquisição pública para garantir a sustentabilidade da produção e evitar ruturas de stock, que podem comprometer a saúde pública e aumentar os custos globais do sistema de saúde.

Uma investigação portuguesa pioneira revelou que a normalização dos níveis de vitamina C na microglia, através da otimização do seu transporte celular, pode ser uma estratégia eficaz para retardar a Doença de Alzheimer. A descoberta abre a porta ao desenvolvimento de novos fármacos que atuem sobre este mecanismo, representando uma nova esperança no combate a doenças neurodegenerativas.