Briefing: Notícias de professores

A escassez de docentes no início do ano letivo agravou-se, afetando mais de 100 mil alunos e impulsionando o mercado de explicações privadas.

Sindicatos e diretores escolares consideram as medidas governamentais insuficientes para resolver um problema que é estrutural e não apenas administrativo.

Um estudo académico revela que a desmotivação é elevada entre os docentes, com 54% dos jovens a ponderar sair da profissão devido às más condições de trabalho e à carga burocrática, apesar da forte vocação inicial que os levou a escolher o ensino.

A carência de professores levou o Governo a admitir a contratação de docentes não qualificados, uma medida que acentua a desigualdade entre o Norte, com professores de carreira, e o Sul, onde a falta de profissionais compromete a qualidade do ensino.

A nova proibição de telemóveis nos 1.º e 2.º ciclos alterou o ambiente escolar, com relatos de maior socialização nos intervalos e mais concentração nas aulas.

A medida, já comum em colégios privados, visa combater a dependência digital e melhorar o foco na aprendizagem.

O acesso ao ensino superior público registou uma quebra acentuada, com quase cinco mil alunos a menos que no ano anterior e mais de nove mil vagas sobrantes.

O fenómeno reflete desafios demográficos e económicos, levantando questões sobre o modelo educativo e a necessidade de valorizar percursos alternativos.

O Sindicato dos Professores dos Açores denuncia a contínua falta de docentes qualificados e técnicos especializados na região, propondo o reforço da formação local através da Universidade dos Açores e do ensino à distância para resolver a carência de profissionais.

Um grupo de pais da EBI da Horta solicitou a antecipação do horário de abertura da escola para melhor conciliar com a vida profissional, mas a direção da escola alega falta de pessoal. O governo regional mostra-se cauteloso com a criação de um precedente.

Vários municípios, como Elvas, Fronteira, Lamego e Santarém, implementaram medidas de apoio no início do ano letivo, incluindo a oferta de kits escolares, bolsas de estudo e a criação de vagas em creches, reforçando o seu papel na promoção da equidade educativa.

As manifestações da CGTP contra a reforma laboral do Governo dão voz ao descontentamento geral dos trabalhadores, incluindo os professores, que reivindicam melhores salários e condições de trabalho, em linha com as críticas sindicais ao “pacote laboral”.