Briefing: Notícias de professores

A falta de professores em Portugal acentuou uma grave desigualdade entre o Norte, com docentes profissionalizados, e o Sul, que recorre a contratados sem formação específica. Sindicatos e movimentos cívicos alertam que mais de 100 mil alunos estão sem aulas, considerando as medidas do governo insuficientes para resolver uma crise que ameaça a equidade e a qualidade da escola pública.

Um estudo da Nova SBE e da Universidade do Minho revela que 54% dos professores com menos de 30 anos pondera abandonar a profissão, apesar de a maioria ter escolhido o ensino por vocação. As más condições de trabalho, a carga burocrática e a falta de apoio são as principais razões, agravando a crise de falta de docentes em Portugal.

Para combater a falta de professores, o Ministério da Educação ordenou o regresso imediato de 90 docentes que exerciam funções administrativas.

A medida visa preencher horários em disciplinas carenciadas, como Português e Matemática, garantindo que milhares de alunos tenham aulas desde o início do ano letivo.

O governo sublinha que a prioridade é ter professores nas salas de aula.

O Ministério Público abriu um inquérito ao concurso especial de acesso a Medicina na Universidade do Porto, após o reitor denunciar pressões para admitir 30 candidatos sem a nota mínima.

A própria Faculdade de Medicina afirma ter alertado a reitoria para as irregularidades, num caso que abala a credibilidade da instituição e que já levou a audições internas e será discutido no Parlamento.

Um estudo revelou que os colégios privados já eram mais restritivos quanto ao uso de telemóveis antes da proibição oficial, que entrou em vigor este ano letivo.

A medida tem gerado debate, com relatos de maior socialização entre os alunos, mas também críticas sobre a necessidade de integrar a tecnologia na educação em vez de a proibir por completo.

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou a criação do Instituto para o Ensino Superior, uma nova entidade que substitui a Direção-Geral do Ensino Superior e a agência Erasmus+. A medida faz parte de uma reforma estrutural do Ministério da Educação que visa simplificar a sua organização, embora a extinção de organismos como a FCT tenha gerado preocupações.

A presença da bactéria Legionella foi detetada em duas escolas no concelho de Paredes no início do ano letivo.

Como medida de precaução, foram encerradas casas de banho e uma cantina, e suspensas aulas de educação física, enquanto se aguardam os resultados de novas análises para garantir a segurança dos alunos e funcionários.

O português Alberto Carvalho foi reconduzido por unanimidade como superintendente do distrito escolar de Los Angeles por mais quatro anos.

A sua liderança foi elogiada pelos resultados académicos históricos dos alunos e pela sua firme defesa dos estudantes imigrantes, consolidando a sua posição como uma figura proeminente na educação norte-americana.

O Governo está a avançar com a criação de cursos de Medicina na UTAD e em Évora, uma medida que visa descentralizar a formação médica e combater a falta de profissionais no interior do país.

A proposta, que aguarda a acreditação da A3ES, é vista como uma solução estratégica para corrigir assimetrias regionais, apesar das preocupações sobre a garantia da qualidade formativa.

O Ministro da Educação, Fernando Alexandre, gerou polémica ao afirmar que os professores “perdem a aura” quando se manifestam, o que levou a uma dura resposta da Fenprof.

O sindicato acusou o governante de desvalorizar o direito à manifestação e de ignorar a importância histórica da luta docente por melhores condições de trabalho e pela defesa da escola pública.