
A recente ofensiva israelita em Khan Yunis, que resultou em mortos e feridos, evidencia a extrema fragilidade do cessar-fogo em Gaza.
As acusações mútuas de violação entre Israel e o Hamas ameaçam descarrilar o plano de paz e reacender o conflito.
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A recente ofensiva israelita em Khan Yunis, que resultou em mortos e feridos, evidencia a extrema fragilidade do cessar-fogo em Gaza.
As acusações mútuas de violação entre Israel e o Hamas ameaçam descarrilar o plano de paz e reacender o conflito.

A aprovação de uma Força Internacional de Estabilização para Gaza pelo Conselho de Segurança da ONU representa um esforço diplomático crucial para o pós-guerra.
No entanto, o seu sucesso está condicionado pela relutância de países árabes em participar e pelas tensões geopolíticas, como a abstenção da Rússia.

As chuvas de inverno exacerbaram a crise humanitária em Gaza, com inundações a destruir abrigos e a aumentar o risco de doenças.
Apelos urgentes por tendas e ajuda são dificultados pelas restrições israelitas, enquanto a fome declarada pela ONU agrava ainda mais o sofrimento da população.

Israel é alvo de acusações severas por parte da HRW e da ONU, que denunciam crimes de guerra como a deslocação forçada na Cisjordânia e o uso da fome como arma em Gaza.
Estas alegações levaram a pedidos de sanções contra líderes israelitas e a processos em tribunais internacionais.

A fronteira israelo-libanesa vive uma escalada de violência, com Israel a realizar ataques aéreos quase diários contra alvos do Hezbollah e do Hamas, resultando em múltiplas vítimas.
Enquanto Israel justifica as ações como preventivas, o Hezbollah classifica-as como agressão, aumentando o risco de um conflito regional mais amplo.

Os rebeldes Huthis do Iémen desempenharam um papel ativo no conflito regional, lançando ataques contra Israel e a navegação no Mar Vermelho em solidariedade com o Hamas. Embora os seus ataques tenham cessado com a trégua, a sua campanha militar sublinha a interconexão dos conflitos no Médio Oriente.

Ministros da extrema-direita israelita, como Ben Gvir e Smotrich, radicalizaram a sua oposição a um Estado palestiniano, defendendo a anexação da Cisjordânia e a prisão de líderes da Autoridade Palestiniana.
Esta posição intransigente choca com os esforços diplomáticos internacionais e constitui um grande entrave à paz.

Com mais de 69 mil mortos, incluindo mais de 20 mil crianças, a guerra em Gaza representa uma tragédia humana de enormes proporções. A ofensiva israelita, em resposta aos ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023, causou destruição generalizada e uma crise humanitária severa.

A Cisjordânia enfrenta uma escalada de violência sem precedentes, com um aumento acentuado de ataques de colonos e operações militares israelitas. Apesar das promessas do governo israelita de conter os extremistas, organizações de direitos humanos denunciam uma cultura de impunidade e crimes de guerra, como a deslocação forçada de palestinianos.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou um plano de paz liderado pelos EUA para Gaza, incluindo uma força internacional, marcando um avanço diplomático.
Contudo, a abstenção da Rússia e os debates em curso sobre um Estado palestiniano revelam as profundas divisões geopolíticas que continuam a moldar o futuro da região.