
O acidente com o Elevador da Glória impôs uma pausa na vida política nacional, com o cancelamento generalizado de eventos partidários e institucionais, demonstrando um momento de luto e união nacional perante a tragédia.
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O acidente com o Elevador da Glória impôs uma pausa na vida política nacional, com o cancelamento generalizado de eventos partidários e institucionais, demonstrando um momento de luto e união nacional perante a tragédia.

Os candidatos presidenciais responderam à tragédia da Glória com um apelo uníssono à investigação e à responsabilização, mas demarcaram-se de um debate político imediato sobre demissões, privilegiando a prudência e o rigor técnico.

A afirmação de Marcelo Rebelo de Sousa sobre a "responsabilidade política" de Carlos Moedas definiu o enquadramento do debate pós-tragédia, sublinhando o peso institucional do cargo mas remetendo o julgamento final para os eleitores, uma posição que gerou debate e distanciamento por parte de alguns candidatos.

António José Seguro propõe uma presidência focada na eficácia discreta e na construção de consensos para resolver problemas estruturais como a pobreza, uma prioridade que sublinhou no seu encontro com a liderança da Igreja Católica.

Luís Marques Mendes apresenta-se como um candidato que valoriza a experiência política e a moderação, propondo um estilo presidencial mais reservado e institucional, em contraste direto com a abordagem mediática de Marcelo Rebelo de Sousa.

Henrique Gouveia e Melo constrói a sua candidatura em torno de um perfil "suprapartidário", distanciando-se dos políticos tradicionais e defendendo uma plataforma centrista que combina liberalismo económico com preocupações sociais, apoiada por figuras de diferentes quadrantes políticos.

O Presidente da República prevê um processo orçamental menos conflituoso este ano, argumentando que a impossibilidade de dissolver o parlamento força os partidos a um diálogo construtivo para garantir a estabilidade e a aprovação do Orçamento do Estado.

A classificação de Donald Trump como um "ativo russo" por Marcelo Rebelo de Sousa causou um embaraço diplomático e uma clara demarcação por parte do Governo, evidenciando as tensões institucionais na condução da política externa portuguesa.

Perante as propostas de alteração à legislação laboral, oposição e sindicatos solicitaram a intervenção do Presidente da República, procurando na sua magistratura de influência um apoio para travar uma reforma que consideram prejudicial aos direitos dos trabalhadores e à paz social.

Ao entrar nos últimos seis meses do seu mandato, Marcelo Rebelo de Sousa perdeu a sua principal arma de intervenção política, a dissolução do parlamento, o que obriga os atores políticos a uma maior cooperação e garante a continuidade da legislatura até à posse do próximo Presidente.