Briefing: Conflitos, guerras e tensões

A semana foi marcada por uma perigosa escalada entre Washington e Caracas, com a imposição de um bloqueio naval por parte dos EUA, a resposta desafiadora da Venezuela e a condenação de potências como a China e o Irão, elevando o risco de um confronto militar na região.

A cimeira da UE revela profundas divisões sobre como financiar a Ucrânia, com a proposta de usar ativos russos a enfrentar forte resistência.

Simultaneamente, a retórica belicista de Vladimir Putin e os avanços militares russos aumentam a pressão sobre uma Europa hesitante.

O acordo UE-Mercosul está num impasse crítico.

A oposição de França e Itália, motivada pela pressão dos seus setores agrícolas, choca com o ultimato do Brasil e o apoio de outros Estados-membros, colocando em risco um tratado de enorme importância geoestratégica e económica.

A decisão dos EUA de vender um pacote militar substancial a Taiwan intensificou as tensões com a China.

Pequim condenou veementemente a ação, considerando-a uma violação da sua soberania e prometendo retaliação, o que agrava a instabilidade no Estreito de Taiwan.

O massacre em Bondi Beach desencadeou uma forte resposta do governo australiano, que avança com um pacote legislativo robusto contra o antissemitismo e o discurso de ódio.

A investigação continua, enquanto novas detenções aumentam o alerta sobre a ameaça terrorista no país.

A incursão de guardas russos em território estónio, um Estado-membro da NATO, eleva a tensão na fronteira oriental da Aliança.

O incidente, juntamente com provocações anteriores, levou a Estónia a acelerar a construção de uma vasta rede de bunkers e defesas antitanque.

A Hungria intensificou as suas críticas à UE, acusando-a de fomentar um conflito com a Rússia e de minar os esforços de paz.

Esta posição reflete uma divisão profunda no seio da União, com Budapeste a bloquear ativamente medidas de apoio a Kiev e a sua eventual adesão ao bloco.

O assassinato do físico português Nuno Loureiro nos EUA está a ser investigado por Israel como um possível ato do Irão, devido às posições pró-israelitas da vítima.

A confirmação desta suspeita representaria uma grave escalada no conflito entre os dois países, com implicações globais.

O Reino Unido elevou o nível de alerta face à Rússia, com o seu mais alto comandante militar a avisar para a possibilidade de guerra e a apelar a uma mobilização nacional.

Simultaneamente, o governo britânico endureceu a sua posição, pressionando Roman Abramovich a canalizar os fundos da venda do Chelsea para a Ucrânia.

O golpe militar na Guiné-Bissau provocou uma forte condenação internacional.

A CPLP suspendeu o país e o Parlamento Europeu apelou a sanções, isolando a junta militar e exigindo o restabelecimento imediato da ordem constitucional e a libertação dos presos políticos.

Face à ameaça russa, o Parlamento Europeu aprovou a criação de um “Schengen Militar” para agilizar a mobilidade de tropas na UE.

A medida, que exige avultados investimentos em infraestruturas, visa reforçar a autonomia estratégica e a capacidade de resposta da Europa a crises.

A tensão em Gaza persiste com a continuação de incidentes mortais na linha de demarcação. A crise humanitária atinge um novo pico com a chegada do inverno, onde o frio e as inundações já causaram dezenas de mortes entre a população deslocada, que vive em condições extremamente precárias.