Briefing: Conflitos, guerras e tensões

O acordo de paz mediado pelos EUA entre Israel e o Hamas representa um passo histórico para o fim do conflito de dois anos, prevendo um cessar-fogo, troca de reféns por prisioneiros e uma retirada parcial israelita.

Apesar do amplo apoio internacional e das celebrações populares, a sua implementação enfrenta obstáculos, incluindo a oposição interna em Israel e a contínua desconfiança entre as partes.

A Ucrânia intensificou a sua ofensiva com armas de longo alcance contra alvos estratégicos russos, provocando disrupções económicas na Rússia.

Em resposta, a Europa, alarmada com as ameaças híbridas russas, incluindo incursões de drones, está a acelerar planos para uma defesa comum mais robusta, evidenciando a crescente dimensão continental do conflito.

Os Estados Unidos enfrentam uma dupla crise interna: por um lado, um confronto constitucional entre o poder federal e os estados devido ao envio de tropas por ordem de Trump para cidades democratas; por outro, uma paralisação governamental que suspendeu serviços públicos e coloca em risco a segurança do tráfego aéreo nacional.

A rápida queda do governo francês evidencia uma profunda crise de governação para o presidente Macron, que luta para encontrar um primeiro-ministro capaz de obter apoio num parlamento fragmentado.

A situação de impasse político gera incerteza sobre o futuro do país e levanta preocupações sobre a estabilidade da União Europeia.

A União Europeia está a investigar alegações de que o governo húngaro montou uma rede de espionagem em Bruxelas para se infiltrar nas suas instituições.

A operação, que terá sido liderada a partir da representação permanente da Hungria, levanta sérias questões sobre a lealdade de um Estado-membro e a segurança interna da UE.

A Comissão Europeia, liderada por Ursula von der Leyen, demonstrou resiliência ao superar duas moções de censura apresentadas por extremos opostos do espectro político.

A união dos partidos centristas foi crucial para rejeitar as acusações e garantir a continuidade do trabalho do executivo da UE.

As relações sino-americanas sofreram um novo revés com o despedimento de um diplomata dos EUA por violar regras de segurança e a imposição de controlos de exportação de tecnologias de terras raras por parte da China.

Ambos os incidentes refletem a profunda desconfiança e a intensificação da competição estratégica entre Washington e Pequim.

Vladimir Putin reconheceu que mísseis russos explodiram nas proximidades de um avião da Azerbaijan Airlines que se despenhou em 2024.

Embora atribua a causa do acidente a destroços de mísseis e à presença de drones ucranianos, a sua admissão confirma a atividade militar russa como um fator no desastre, prometendo cooperação na investigação e compensação às vítimas.

A ONU enfrenta uma crise de financiamento que a obriga a cortar um quarto das suas forças de manutenção de paz, após os Estados Unidos reduzirem drasticamente a sua contribuição. Esta medida ameaça a eficácia de missões cruciais em zonas de conflito, com potenciais consequências graves para a segurança e proteção de civis a nível mundial.

O Parlamento Europeu aprovou um pacote de simplificação da PAC que flexibiliza regras ambientais e torna obrigatórios os contratos escritos para agricultores, visando responder às suas reivindicações.

A decisão inclui também uma polémica redefinição do termo "carne", restringindo o seu uso a produtos de origem animal.