Briefing: Conflitos, guerras e tensões

A onda de reconhecimento do Estado palestiniano por nações ocidentais gerou reações opostas: foi saudada pela Autoridade Palestiniana como um passo para a paz, mas veementemente condenada por Israel, onde ministros radicais apelaram à anexação da Cisjordânia.

A decisão intensifica a pressão diplomática sobre o governo de Netanyahu e coloca a solução de dois Estados no centro do debate na Assembleia Geral da ONU.

Incursões de drones e caças russos nos espaços aéreos da Polónia, Roménia e Estónia elevaram a tensão com a NATO. A Estónia solicitou a ativação do Artigo 4.º da Aliança e uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. Em resposta, a NATO reforçou a vigilância aérea e líderes como Ursula von der Leyen reafirmaram o compromisso de defender todo o território da UE, intensificando o debate sobre um pilar de defesa europeu mais forte.

A crise humanitária no Sudão agravou-se com um ataque das Forças de Apoio Rápido (RSF) a uma mesquita em Al-Fashir, Darfur, que matou mais de 70 civis.

O ataque intensificou as condenações internacionais da Liga Árabe e da ONU, que alertam para uma catástrofe humanitária devido ao cerco imposto à cidade.

O conflito, que já dura mais de dois anos, continua a provocar deslocamentos em massa e um número crescente de vítimas civis.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, exigiu o controlo da base aérea de Bagram no Afeganistão, citando a sua importância estratégica em relação à China.

O governo talibã rejeitou firmemente a exigência, classificando-a como impossível.

A troca de declarações, que incluiu ameaças de Trump, reavivou as tensões sobre a retirada das tropas americanas e o futuro das relações entre os dois países.

As tensões entre EUA e Venezuela agudizaram-se com ameaças de Donald Trump de consequências "incalculáveis" caso Caracas não aceite o repatriamento de migrantes.

Em resposta, Nicolás Maduro afirmou não ter medo e mobilizou o exército para exercícios.

O conflito verbal ocorre num contexto de crescente presença militar dos EUA nas Caraíbas e de ações contra alegadas redes de narcotráfico venezuelanas.

O funeral do ativista conservador Charlie Kirk, assassinado a tiro, evidenciou a profunda polarização nos EUA, transformando-se num megaevento político com a presença do Presidente Trump.

A cerimónia, realizada sob um forte dispositivo de segurança, serviu de plataforma para o discurso da direita conservadora, que responsabiliza a "esquerda radical" pelo crime, intensificando a "guerra cultural" e o clima de tensão política no país.

Um ciberataque contra a empresa Collins Aerospace, fornecedora de sistemas de 'check-in', causou o caos em importantes aeroportos europeus como Bruxelas, Heathrow e Berlim. O incidente obrigou a operações manuais, resultando em centenas de voos cancelados e atrasados.

O ataque expôs a vulnerabilidade da infraestrutura digital da aviação e levou a apelos da União Europeia para um reforço urgente da segurança cibernética no setor.

O Irão ameaçou suspender a cooperação com a AIEA depois de o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado a reimposição de sanções internacionais, uma medida impulsionada por França, Reino Unido e Alemanha.

A decisão aumenta a incerteza sobre o futuro do programa nuclear iraniano e agrava as tensões diplomáticas, com Teerão a acusar as potências europeias de minarem a via negocial.

A indignação com um escândalo de corrupção ligado a projetos de controlo de cheias levou milhares de filipinos às ruas de Manila. Os protestos, que resultaram em confrontos com a polícia, exigem responsabilização pelo desvio de fundos públicos e refletem um crescente descontentamento social, numa altura em que o país se prepara para a chegada de um tufão.

A pressão do Presidente Trump sobre a Procuradora-Geral para que avance com acusações contra adversários políticos gerou fortes críticas da oposição, que acusa o chefe de Estado de seguir um "caminho para a ditadura". A demissão de um procurador que se recusou a processar uma rival de Trump intensificou os receios sobre a instrumentalização do Departamento de Justiça e a erosão da separação de poderes nos EUA.