Briefing: Conflitos, guerras e tensões

O ataque ao hospital Nasser e a morte de jornalistas agravaram a condenação internacional a Israel, intensificando a pressão por um cessar-fogo.

A crise humanitária em Gaza atinge níveis críticos, com a fome a ser oficialmente declarada, enquanto as vias diplomáticas permanecem bloqueadas e as tensões regionais, nomeadamente com o Egito, aumentam.

As ameaças de Donald Trump de impor novas tarifas como retaliação à regulação europeia do setor tecnológico abriram uma nova frente de conflito comercial com a UE.

Bruxelas defende firmemente o seu direito soberano de legislar, enquanto a disputa já causa perturbações em serviços como os envios postais, evidenciando o impacto real da tensão diplomática.

Apesar da forte pressão diplomática dos EUA para uma cimeira entre Putin e Zelensky, as profundas divergências e a desconfiança mútua, aliadas à continuação das hostilidades no terreno, tornam um avanço significativo para a paz improvável a curto prazo.

A Rússia protela o encontro, enquanto a Ucrânia e os seus aliados europeus mantêm o ceticismo sobre as verdadeiras intenções de Moscovo.

O governo francês enfrenta uma elevada probabilidade de queda devido a um plano de austeridade contestado. A moção de confiança convocada pelo primeiro-ministro para 8 de setembro tornou-se um ponto de rutura, com a oposição unida na rejeição, o que gera instabilidade política e económica, incluindo o receio de uma intervenção do FMI.

A acusação direta da Austrália de que o Irão patrocinou ataques antissemitas no seu território provocou uma grave crise diplomática.

A expulsão do embaixador iraniano e a designação da Guarda Revolucionária como terrorista marcam uma escalada significativa, com o Irão a negar veementemente e a prometer retaliação, enquanto Israel critica a postura australiana.

A competição entre os EUA e a China está a escalar em múltiplas frentes.

Enquanto Washington utiliza ameaças tarifárias para garantir o acesso a materiais estratégicos, o Pentágono admite uma perigosa desvantagem militar face à tecnologia hipersónica chinesa.

Em resposta, Pequim consolida a sua aliança com a Rússia, configurando um cenário de crescente polarização global.

A situação na Venezuela escalou para uma crise militarizada, com o governo a responder à presença naval dos EUA com uma forte mobilização de tropas na fronteira colombiana.

Internamente, a oposição, liderada por María Corina Machado, mostra-se confiante numa mudança de regime, enquanto as ONG continuam a denunciar a existência de centenas de presos políticos.

As negociações nucleares entre o Irão e as potências europeias foram retomadas num clima de urgência, com a ameaça de novas sanções a pairar.

Enquanto a diplomacia tenta encontrar uma saída, o Irão enfrenta pressões internas e externas, ao mesmo tempo que fortalece a sua aliança estratégica com a Rússia.

Os vetos do novo presidente polaco a apoios financeiros para refugiados ucranianos e ao financiamento do sistema Starlink marcam uma mudança significativa na política de Varsóvia. Esta nova postura cria uma fissura na frente unida de apoio a Kiev e introduz uma nova fonte de tensão diplomática na Europa de Leste.

A diplomacia norte-americana tenta desescalar a volátil fronteira israelo-libanesa, condicionando uma retirada israelita ao desarmamento do Hezbollah.

A proposta enfrenta a recusa categórica do grupo xiita, tornando a situação de segurança na região precária, enquanto o futuro da missão de paz da ONU permanece incerto.