Briefing: Conflitos, guerras e tensões

A declaração oficial de fome pela ONU em Gaza intensificou o escrutínio sobre as ações de Israel, que nega veementemente as acusações.

A crise humanitária, juntamente com os planos de uma nova ofensiva militar e a expansão de colonatos, aumenta a pressão global por um cessar-fogo imediato e acesso humanitário sem restrições.

Apesar de uma intensa semana de diplomacia liderada pelos EUA, as posições da Rússia e da Ucrânia sobre o fim da guerra permanecem distantes. A Ucrânia recusa ceder território e exige garantias de segurança ao nível da NATO, enquanto a Rússia impõe condições inaceitáveis para Kiev.

A UE mantém o apoio financeiro à Ucrânia, mas um acordo de paz parece longínquo.

O envio de uma frota naval dos EUA para perto da Venezuela, sob o pretexto de uma operação antidrogas, foi visto por Caracas como uma ameaça iminente. Em resposta, o governo de Maduro mobilizou as suas milícias e prometeu uma defesa robusta, elevando a tensão regional e levando a ONU a apelar à contenção e ao diálogo pacífico.

Dois ataques terroristas de grande escala na Colômbia, que mataram pelo menos 18 pessoas, assinalam uma perigosa intensificação da violência por parte de grupos dissidentes das FARC. A um ano das eleições presidenciais, a falha das negociações de paz manifesta-se em ataques a alvos civis e militares, gerando condenação internacional e aumentando a instabilidade no país.

Um novo acordo comercial entre os EUA e a UE estabelece uma tarifa geral de 15% sobre a maioria dos produtos europeus, mas isenta setores como a cortiça e medicamentos genéricos.

No entanto, produtos como o vinho e o aço continuam sujeitos a tarifas elevadas, gerando incerteza e reações mistas na indústria europeia, enquanto o Canadá elimina as suas próprias tarifas retaliatórias para apaziguar Washington.

A imposição de novas sanções dos EUA contra quatro altos funcionários do TPI, por investigarem cidadãos americanos e israelitas, aprofundou o conflito entre Washington e a justiça internacional.

Enquanto Israel aplaudiu a medida, a ONU e países como a França condenaram veementemente a ação, considerando-a um ataque à independência judicial e ao Estado de Direito.

A rivalidade tecnológica e geopolítica entre EUA e China intensifica-se, com a Nvidia a tentar navegar as restrições de exportação de 'chips' de IA. A tensão é agravada pelas acusações de ciberataques de Pequim contra Taiwan, que, por sua vez, debate o regresso à energia nuclear para garantir a sua segurança energética e industrial face à crescente ameaça chinesa.

A queda de um drone russo em território polaco elevou a tensão entre Varsóvia e Moscovo.

A Polónia considera o ato uma 'provocação deliberada' e exigiu explicações, sublinhando o risco de escalada da guerra híbrida russa num momento crítico para a diplomacia europeia.

O Irão enfrenta desafios em duas frentes: internamente, com ataques mortais contra as suas forças de segurança na instável província do Sistão-Baluchistão, e externamente, com novas sanções dos EUA que visam desmantelar a sua 'frota fantasma' de petroleiros e cortar fontes de financiamento.

Ambos os eventos destacam as complexas tensões regionais e internacionais que envolvem Teerão.

A mobilização de forças federais por Donald Trump em Washington D.C., sob o pretexto de combater a criminalidade, criou um ponto de tensão geopolítica interna. Enquanto Trump proclama sucesso e ameaça a autonomia da cidade, as autoridades locais denunciam uma demonstração de força autoritária, levantando questões sobre o equilíbrio de poder na capital dos EUA.