
A guerra comercial entre os EUA e a China, marcada por ameaças de tarifas de 100%, cria um ambiente de instabilidade económica global, impactando empresas e mercados financeiros, enquanto as negociações diplomáticas prosseguem sob elevada tensão.
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A guerra comercial entre os EUA e a China, marcada por ameaças de tarifas de 100%, cria um ambiente de instabilidade económica global, impactando empresas e mercados financeiros, enquanto as negociações diplomáticas prosseguem sob elevada tensão.

As tarifas dos EUA estão a prejudicar gravemente a rentabilidade de construtores automóveis europeus como a Porsche e a Volvo, forçando-os a aumentar preços, enquanto empresas com produção local, como a Ford, encontram um ambiente mais favorável, evidenciando o impacto desigual da política comercial.

A proposta da UE de duplicar as tarifas sobre o aço para 50% visa proteger a sua siderurgia, mas ameaça a competitividade da indústria metalomecânica, um setor economicamente muito superior, gerando o risco de concorrência desleal e perda de mercado.

Apesar de um volume de vendas recorde, a rentabilidade da Tesla está a ser erodida por custos crescentes, onde as tarifas comerciais desempenham um papel significativo.
Este cenário levanta questões sobre a sustentabilidade financeira da empresa a longo prazo face a uma concorrência mais eficiente.

Acordos comerciais recentes entre os EUA, a UE e o Japão estão a proporcionar um alívio tarifário a certas indústrias, como a automóvel, levando a uma revisão em baixa das previsões de perdas.
No entanto, o ambiente comercial global permanece complexo, com outros setores ainda sob forte pressão.

A imposição de uma tarifa de 12% da UE sobre o bacalhau russo está a prejudicar a indústria portuguesa, que denuncia concorrência desleal e apela ao Governo por um regime de exceção para garantir a sua sobrevivência e o acesso dos consumidores a um produto culturalmente essencial.

As tarifas comerciais dos EUA são um fator reconhecido de pressão inflacionista, aumentando os custos para as empresas e, consequentemente, os preços para os consumidores.
Embora o seu impacto mais recente tenha sido menor do que o previsto, a política tarifária continua a ser uma variável importante que influencia as decisões de política monetária.

A imposição de tarifas dos EUA ao Canadá, em resposta a um anúncio de TV, exemplifica como as tensões comerciais podem escalar com base em fatores políticos e simbólicos, para além das considerações puramente económicas, refletindo a imprevisibilidade da política comercial da altura.

A Apple serve como um barómetro do impacto da guerra comercial EUA-China, com o seu valor de mercado a oscilar significativamente com as notícias sobre tarifas.
Embora tenha obtido isenções, a sua dependência da China mantém-na vulnerável a futuras escaladas protecionistas.

O custo agregado das tarifas de Trump para as empresas globais ultrapassa os 35 mil milhões de dólares, com setores como o automóvel e o consumo a serem particularmente afetados.
Embora acordos recentes tenham trazido algum alívio, o impacto financeiro do protecionismo continua a ser um desafio substancial.