Briefing: Tarifas e guerra comercial

A imposição de tarifas de 15% pelos EUA sobre produtos da UE causou uma disrupção significativa no comércio transatlântico, afetando severamente a indústria automóvel e outros setores.

Embora alguns acordos bilaterais tenham trazido alguma previsibilidade, o impacto económico manifestou-se numa forte quebra das exportações europeias e na compressão das margens de lucro de várias empresas.

A intervenção do governo neerlandês na Nexperia e a subsequente retaliação da China criaram uma grave crise de abastecimento de chips. Esta situação ameaça paralisar a produção de grandes construtores automóveis europeus, que dependem destes componentes, evidenciando a fragilidade das cadeias de abastecimento globais perante tensões geopolíticas.

A administração norte-americana pondera intensificar a guerra comercial com a China através de tarifas punitivas e restrições à exportação de software.

Estas ameaças, vistas como uma resposta ao controlo chinês sobre terras raras, aumentam a incerteza económica global e colocam em risco as cadeias de abastecimento de grandes empresas tecnológicas.

A imposição de uma tarifa de 12% pela UE sobre o bacalhau russo está a prejudicar a indústria portuguesa do setor. As empresas nacionais pedem ao Governo um regime de exceção, alegando que a medida cria concorrência desleal por parte de outros países europeus e ameaça o acesso a um produto de identidade nacional.