Briefing: Tarifas e guerra comercial

O novo acordo comercial UE-EUA, embora traga alguma clareza, impõe barreiras tarifárias que desafiam a competitividade europeia, forçando uma reavaliação estratégica focada na diversificação de mercados e evidenciando a crescente influência da geopolítica no comércio global.

A ameaça de tarifas sobre semicondutores por parte da administração Trump está a acelerar a relocalização da produção tecnológica para os EUA, alterando as cadeias de fornecimento globais e intensificando as tensões comerciais com a Ásia, num claro esforço para reforçar a soberania industrial americana.

A era das tarifas está a provocar uma reconfiguração fundamental das operações empresariais globais.

As empresas estão a redesenhar as suas cadeias de abastecimento, a relocalizar a produção e a alterar modelos de negócio para navegar no novo cenário protecionista, enfrentando consequências financeiras significativas.

Confrontada com o crescente protecionismo dos EUA, a União Europeia está a reforçar a sua aposta em novas alianças comerciais, com o acordo com o Mercosul a emergir como uma peça central.

Esta iniciativa estratégica visa não só abrir novos mercados e reduzir tarifas, mas também fortalecer a posição geopolítica da UE através da diversificação das suas parcerias económicas.