Briefing: Donald Trump

A cimeira entre Trump e Xi Jinping produziu uma desescalada temporária na guerra comercial, com acordos sobre tarifas, soja e terras raras.

Apesar do otimismo de Trump, a natureza provisória dos acordos e a ausência de discussões sobre temas como Taiwan levam os analistas a manterem-se cautelosos quanto à estabilidade a longo prazo das relações sino-americanas.

O impasse orçamental no Congresso levou à mais longa paralisação governamental da história dos EUA, suspendendo o financiamento de programas vitais como a assistência alimentar para 42 milhões de pessoas e causando perturbações em serviços federais como o controlo de tráfego aéreo, enquanto Republicanos e Democratas se culpam mutuamente pela crise.

A ordem de Donald Trump para retomar os testes de armas nucleares, justificada por atividades russas e chinesas, representa uma mudança significativa na política de segurança dos EUA. Embora a administração tenha especificado que se tratam de testes não nucleares, a decisão provocou preocupação e condenação a nível internacional, aumentando os receios de uma nova corrida ao armamento.

A intervenção de Trump nas eleições locais, nomeadamente o seu apoio a um democrata em Nova Iorque para derrotar um candidato progressista, transforma estas disputas num referendo à sua influência.

A situação evidencia a polarização do país e as tensões internas no Partido Democrata, com implicações para o futuro político nacional.

A administração Trump impôs o limite mais baixo de sempre para a admissão de refugiados, fixando-o em 7.500, e priorizou a entrada de sul-africanos brancos. Esta política foi amplamente condenada por organizações humanitárias como sendo discriminatória e uma politização de um programa de cariz humanitário.

A nova estratégia militar dos EUA contra o narcotráfico, que inclui ataques letais a embarcações e potenciais operações secretas no México, resultou em dezenas de mortos e provocou acusações de violação do direito internacional por parte da ONU e de líderes regionais, escalando as tensões na América Latina.

O cancelamento da cimeira Trump-Putin, devido a divergências sobre o fim da guerra na Ucrânia, reflete um aprofundamento da desconfiança entre Washington e Moscovo.

O fracasso diplomático, conjugado com os recentes testes de armamento nuclear russos, assinala um período de elevada tensão geopolítica.

A política de tarifas de Trump contra aliados enfrenta oposição bipartidária no Senado, com a aprovação de resoluções simbólicas para as reverter.

Este movimento revela uma fissura no Partido Republicano e um crescente desconforto com a abordagem protecionista da administração, embora o impacto prático imediato seja limitado.

A discussão sobre um potencial terceiro mandato para Trump, embora constitucionalmente proibido, persiste, alimentada por apoiantes e pelo próprio presidente.

Apesar de líderes republicanos negarem essa possibilidade, o tema evidencia a tensão em torno das normas democráticas e a lealdade da base de Trump.

Ao boicotar a cimeira do clima COP30, a administração Trump reafirma a sua política de ceticismo climático e isolamento dos acordos internacionais.

A decisão contrasta com o empenho de vários líderes locais e estaduais dos EUA, que participarão no evento para manter o compromisso americano com a agenda climática global.