Briefing: Donald Trump

As vitórias democratas em eleições-chave foram interpretadas como uma rejeição das políticas de Trump, configurando um revés político para o Presidente. Trump, por sua vez, atribuiu as derrotas republicanas a fatores externos, como a paralisação do governo, e ao facto de o seu nome não constar nos boletins de voto.

A paralisação recorde do governo evidenciou a profunda divisão política nos EUA, com impactos diretos e severos em milhões de cidadãos e serviços essenciais.

A crise tornou-se uma arma de arremesso político, com a administração Trump a usar a suspensão de ajudas sociais como forma de pressão sobre a oposição democrata.

A eleição de Zohran Mamdani para a autarquia de Nova Iorque criou um novo e proeminente adversário político para Donald Trump.

O confronto, marcado por acusações e ameaças por parte do Presidente, posiciona a maior cidade dos EUA como um foco de oposição à administração federal.

A política de tarifas de Trump está sob forte escrutínio legal e político.

Enquanto o Supremo Tribunal avalia os limites do poder presidencial, o Senado manifesta o seu descontentamento, refletindo um profundo debate sobre a direção da política comercial e externa dos EUA.

A ordem de Trump para retomar os testes nucleares, mesmo que de natureza não explosiva, representa uma escalada significativa na retórica nuclear.

A medida aumentou as tensões globais e levantou o espectro de uma nova corrida ao armamento entre as principais potências mundiais.

A cimeira entre Trump e Xi proporcionou uma desescalada temporária na guerra comercial, com concessões de ambos os lados. No entanto, a natureza do acordo sugere uma trégua estratégica para gerir tensões, em vez de uma resolução dos profundos conflitos económicos e geopolíticos entre os EUA e a China.

A drástica redução do teto de refugiados e a introdução de um critério de prioridade étnica marcam uma mudança radical na política de imigração dos EUA. A medida foi amplamente condenada por organizações humanitárias como uma traição aos valores do programa de refugiados e uma politização da ajuda humanitária.

A agressiva campanha militar de Trump contra o narcotráfico no mar, marcada pelo uso de força letal, gerou condenação internacional e criou um ambiente de alta tensão na América Latina. As manobras e a retórica da administração alimentaram receios de um conflito militar mais vasto com a Venezuela.

Ações da administração Trump, incluindo a reestruturação do Departamento de Justiça, a pressão sobre instituições académicas e as restrições à imprensa, alimentaram receios de um retrocesso democrático. Críticos apontam para um padrão de enfraquecimento das instituições independentes e de supressão da dissidência.

A recusa da administração Trump em participar na COP30 a alto nível isola os EUA na cena climática global.

A decisão sublinha a profunda divisão dentro do país, onde governos estaduais e locais procuram manter os compromissos ambientais internacionais, em oposição direta à política federal.

O cancelamento da cimeira Trump-Putin, justificado pela falta de progresso nas negociações sobre a Ucrânia, assinala um novo ponto baixo nas relações EUA-Rússia.

A decisão, tomada num contexto de demonstrações de força militar nuclear de ambos os lados, agrava as tensões e afasta as perspetivas de uma solução diplomática para os conflitos em curso.

O planeamento de operações militares secretas no México reflete uma abordagem cada vez mais militarizada da administração Trump no combate ao narcotráfico.

Se concretizada, a medida poderá gerar graves tensões diplomáticas com o México e representa uma escalada controversa, alinhada com a retórica de "guerra" contra os cartéis.