Briefing: Donald Trump

Donald Trump revogou a proteção policial de Kamala Harris, justificando a medida com cortes de despesa. A decisão, que anula uma extensão concedida por Joe Biden, foi criticada como um ato de retaliação política e insere-se num padrão de ações contra membros da administração anterior.

Trump liderou uma intensa ronda de negociações para a paz na Ucrânia, reunindo-se com Putin e Zelensky. Apesar de alegações de "concessões" russas, a falta de progresso, a contínua agressão de Moscovo e as posições irreconciliáveis das partes geraram frustração na Casa Branca, que ameaça com sanções.

O governo Trump autorizou a venda de 706 milhões de euros em armamento à Ucrânia, incluindo mísseis de longo alcance. A medida, financiada em parte por aliados da NATO, visa reforçar a defesa ucraniana, mas ocorre simultaneamente com negociações de paz e restrições ao uso de armamento em território russo, evidenciando uma política externa multifacetada.

A demissão da diretora do CDC, Susan Monarez, pela administração Trump gerou uma crise institucional.

Monarez alega que a sua saída se deveu à recusa em seguir diretrizes "não científicas" do Secretário da Saúde, Robert F. Kennedy Jr. A sua demissão, que ela contesta legalmente, provocou a saída de outros altos funcionários e acendeu o debate sobre a politização da saúde pública.

Numa ação inédita, Donald Trump demitiu a governadora da Reserva Federal, Lisa Cook, alegando fraude.

Cook respondeu com um processo judicial, argumentando que a demissão é ilegal e que o presidente não tem essa autoridade.

O confronto levanta sérias questões sobre a independência da Fed e é visto como uma tentativa de Trump de influenciar a política monetária.

Donald Trump mobilizou a Guarda Nacional para cidades como Washington e Los Angeles e planeia fazer o mesmo em Chicago e Nova Iorque, citando a necessidade de combater o crime.

A medida foi duramente criticada por governadores democratas como um abuso de poder e uma politização das forças armadas, especialmente porque os dados oficiais sobre criminalidade contradizem as alegações do presidente.

A administração Trump revogou a isenção de taxas para importações de baixo valor, uma política que permitia a entrada de encomendas até 800 dólares sem custos alfandegários. A decisão, justificada por razões de segurança, levou a uma disrupção no comércio eletrónico global, com vários serviços postais europeus a suspenderem temporariamente os envios para os EUA.

Donald Trump impôs tarifas de 50% a produtos do Brasil e da Índia, usando o comércio como arma política. No caso do Brasil, a justificação incluiu a defesa de Jair Bolsonaro; no da Índia, foi uma retaliação pela compra de petróleo russo.

Ambos os países criticaram as medidas e iniciaram processos para mitigar os impactos económicos.

A ambição de Donald Trump em relação à Gronelândia gerou uma crise diplomática com a Dinamarca. O governo dinamarquês convocou o representante dos EUA após relatos de que norte-americanos ligados a Trump estariam a fomentar o separatismo na ilha, uma ação vista por Copenhaga como uma inaceitável interferência política.

O governo Trump intensificou a sua postura hostil contra a Venezuela, mobilizando navios de guerra e milhares de militares para as Caraíbas sob o pretexto de combater o narcotráfico. A Casa Branca não descartou uma ação militar, enquanto o presidente Nicolás Maduro denunciou uma tentativa de "mudança de regime" e ordenou a mobilização das suas milícias.