Briefing: Donald Trump

A diplomacia de Trump para a Ucrânia é caracterizada por uma mistura de envolvimento de alto nível e frustração pública, com ameaças de sanções contra a Rússia se as negociações de paz falharem, ao mesmo tempo que insta a Europa a assumir maior responsabilidade pela segurança ucraniana.

O governo dinamarquês protestou veementemente contra a alegada interferência dos EUA na Gronelândia, convocando o principal diplomata norte-americano e condenando as ações como inaceitáveis, o que evidencia uma significativa fratura diplomática sobre o estratégico território ártico.

Os EUA impuseram tarifas punitivas de 50% às exportações indianas em resposta às compras de petróleo da Rússia por parte da Índia, afetando indústrias-chave e levando o governo indiano a procurar novos mercados e a apoiar os setores afetados.

Em resposta às tarifas norte-americanas, que Trump justificou com motivos económicos e políticos, o Brasil implementou contramedidas, incluindo compras governamentais de alimentos e uma ofensiva diplomática por novos parceiros comerciais, com o Presidente Lula a defender firmemente a soberania nacional.

A intervenção federal de Trump em Washington D.C., que inclui a mobilização da Guarda Nacional e a defesa da pena de morte, foi apresentada como uma resposta à criminalidade, mas enfrenta baixa aprovação pública e acusações de autoritarismo.

A tentativa de Trump de demitir a governadora da Fed, Lisa Cook, com base em alegações de fraude não comprovadas, foi amplamente condenada como um ataque ilegal e perigoso à independência da Reserva Federal, visando o controlo da política monetária do país.

A saga jurídica de Kilmar Ábrego García expõe as táticas agressivas da política migratória de Trump, incluindo uma deportação por "erro administrativo", uma nova detenção e a estratégia inédita de deportar indivíduos para países terceiros como o Uganda.

Através de uma ordem executiva, o Presidente Trump procura criminalizar a queima da bandeira americana com uma pena de prisão de um ano, uma medida que entra em conflito direto com o precedente estabelecido pelo Supremo Tribunal que protege este ato como liberdade de expressão.

A administração Trump aumentou significativamente a pressão sobre a Venezuela, mobilizando meios militares para as Caraíbas e aumentando a recompensa por Maduro, ações que Caracas condenou como uma tentativa ilegal de "mudança de regime" e às quais respondeu com mobilização militar.

A pedido de Trump, os republicanos do Texas redesenharam o mapa eleitoral do estado para garantir uma vantagem partidária no Congresso, uma medida que os críticos denunciam como gerrymandering racial e uma violação dos direitos de voto, o que levou a uma proposta de retaliação por parte dos democratas da Califórnia.