Briefing: Donald Trump

A administração Trump assumiu um papel central na mediação do conflito ucraniano, organizando cimeiras com Putin e Zelensky. Apesar da falta de resultados imediatos e da sua abordagem pragmática, por vezes em conflito com os aliados, Trump insiste na negociação de um acordo de paz definitivo e propõe uma cimeira trilateral para o efeito.

Os EUA propõem um pacto de segurança para a Ucrânia, inspirado no Artigo 5.º da NATO, mas sem a adesão formal à aliança. A iniciativa, que teria o acordo da Rússia, prevê um envolvimento americano limitado, com a Europa a assumir o papel principal na garantia da segurança de Kiev.

O Pentágono restringiu secretamente o uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia contra alvos na Rússia, numa tentativa de fomentar negociações de paz. Esta política, que limita as capacidades ofensivas de Kiev, coexiste com a retórica de Trump que incentiva uma postura mais agressiva por parte da Ucrânia.

O chefe da Agência de Inteligência de Defesa, Jeffrey Kruse, foi demitido depois de um relatório da sua agência sobre o Irão contradizer as alegações de sucesso de Trump. Este episódio insere-se numa purga mais vasta de altos funcionários do Pentágono, visando assegurar a lealdade à narrativa da Casa Branca.

Donald Trump pretende enviar a Guarda Nacional para Chicago e Nova Iorque para combater a criminalidade, replicando ações já tomadas em Washington D.C.

e Los Angeles.

A medida é justificada por razões de segurança, mas enfrenta forte oposição de líderes locais Democratas, que a consideram uma interferência política autoritária.

A pedido de Trump, o Texas aprovou um novo mapa eleitoral para favorecer os Republicanos, o que poderá garantir-lhes cinco novos assentos no Congresso.

A medida, criticada como discriminatória, gerou uma resposta da Califórnia, que planeia uma manobra semelhante para beneficiar os Democratas, transformando a questão numa batalha nacional.

O FBI investigou a casa do ex-conselheiro de segurança nacional John Bolton por suspeita de retenção de documentos confidenciais.

A busca intensifica o conflito público entre Trump e Bolton, que se tornou um crítico feroz do Presidente após a sua saída da administração.

Alegando preocupações de segurança nacional, a administração Trump suspendeu um projeto de energia eólica offshore quase concluído.

A decisão é consistente com a política mais ampla do Presidente de oposição às energias renováveis, que ele próprio já criticou publicamente por razões estéticas e ambientais.

Os EUA aumentaram a pressão sobre a Venezuela com o envio de uma força naval para a região, sob o pretexto de uma operação antidroga. A administração Trump rotulou o governo de Maduro como um "cartel narcoterrorista", enquanto Caracas respondeu mobilizando a sua milícia contra o que considera uma ameaça de intervenção militar.

Os EUA sancionaram novamente funcionários do TPI por investigarem cidadãos americanos e israelitas, numa ação que visa proteger a soberania nacional.

A medida foi aplaudida por Israel, mas condenada pela ONU, pelo TPI e por aliados europeus como um ataque à justiça internacional.