Briefing: Donald Trump

A cimeira entre Trump e Putin para discutir a paz na Ucrânia destacou as profundas divisões sobre a estratégia a adotar.

Enquanto Trump explorava a possibilidade de concessões territoriais, a Ucrânia e os líderes europeus uniram-se para rejeitar qualquer acordo que não incluísse Kiev e respeitasse a sua integridade territorial, sublinhando a complexidade das negociações e os diferentes interesses em jogo.

A decisão de Donald Trump de autorizar o uso de força militar contra cartéis de droga na América Latina marcou uma viragem agressiva na política de segurança dos EUA. A medida, que inclui a designação de cartéis como organizações terroristas, provocou uma crise diplomática com o México, que rejeitou firmemente qualquer intervenção militar estrangeira no seu território, defendendo uma cooperação baseada na soberania.

A administração Trump elevou a sua ofensiva contra Nicolás Maduro, duplicando a recompensa pela sua captura e acusando-o diretamente de liderar um cartel de narcotráfico.

A medida, justificada como uma questão de segurança nacional para os EUA, foi veementemente rejeitada pela Venezuela, que a considerou uma tática de diversão política, aprofundando o fosso diplomático entre os dois países.

A administração Trump adotou uma política de imigração multifacetada e de linha dura, focada na deportação, aumento da capacidade de detenção e na redefinição legal da cidadania e do recenseamento. Estas medidas, embora apresentadas como um sucesso em termos de segurança, geraram uma forte contestação nos tribunais e na sociedade civil, levantando questões constitucionais profundas.

A mediação bem-sucedida de Donald Trump no conflito entre a Arménia e o Azerbaijão resultou num acordo de paz histórico, simbolizado pela criação do "Corredor Trump".

Esta vitória diplomática não só encerra um longo período de hostilidades, como também reposiciona os Estados Unidos como um ator-chave na geopolítica do Cáucaso do Sul.

A crise humanitária em Gaza criou uma fissura na relação entre Donald Trump e Benjamin Netanyahu, evidenciada por uma acesa discussão telefónica.

Enquanto a posição pública de Trump responsabiliza o Hamas, as suas ações nos bastidores e os apelos de ex-oficiais de segurança israelitas indicam uma pressão crescente de Washington sobre Israel para alterar a sua conduta na guerra.

A política comercial de Donald Trump, marcada pela imposição generalizada de tarifas, transformou-se numa ferramenta de pressão política com repercussões globais.

A estratégia gerou tensões diplomáticas com aliados e adversários, e levantou sérias dúvidas sobre a sua eficácia económica e os seus verdadeiros custos, que parecem recair sobre os consumidores norte-americanos.

A administração Trump adotou uma postura de confronto direto com diversas instituições e personalidades, utilizando demissões, investigações e pressão pública como ferramentas políticas.

Esta abordagem gerou controvérsia e levantou preocupações sobre a politização de agências governamentais e a interferência em assuntos judiciais e corporativos.

As políticas ambientais da administração Trump representam um afastamento radical da conservação, favorecendo a exploração de recursos florestais e desinvestindo na monitorização climática.

As medidas, que revertem décadas de proteção ambiental, foram recebidas com alarme pela comunidade científica, que alerta para consequências graves e duradouras para o clima e a biodiversidade.

A luta pelo poder político nos Estados Unidos intensificou-se com as ações da administração Trump para redesenhar os mapas eleitorais e alterar as regras do censo.

Estas estratégias, que visam beneficiar o Partido Republicano, geraram uma crise política no Texas e levantaram questões fundamentais sobre a legalidade e a justiça do sistema de representação democrática do país.