Briefing: Donald Trump

A paralisação recorde de 43 dias do governo dos EUA terminou com um acordo de financiamento temporário, alcançado através de uma votação bipartidária no Senado.

Embora tenha restaurado os serviços federais, o impasse evidenciou profundas divisões políticas, deixando por resolver a questão crucial dos subsídios de saúde e adiando o confronto orçamental para o início do ano seguinte.

A reabertura do caso Epstein colocou Donald Trump numa posição defensiva, desencadeando uma guerra política na qual a sua administração nega veementemente qualquer irregularidade e contra-ataca, acusando os democratas de manipulação.

A controvérsia intensifica-se enquanto se aguarda uma votação no Congresso que poderá trazer mais transparência ao caso.

Apesar do pedido de desculpas formal e das demissões na sua liderança, a BBC enfrenta um processo judicial de milhares de milhões de dólares por parte de Donald Trump. O caso sublinha a tensa relação do Presidente com os meios de comunicação e a sua determinação em responsabilizá-los por aquilo que considera ser uma cobertura injusta.

A tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela atingiu um ponto crítico, com a administração Trump a considerar abertamente opções militares e a realizar um destacamento naval significativo na região.

Em resposta, o governo de Nicolás Maduro mobilizou as suas forças armadas, preparando o país para um potencial conflito.

Ao estender um perdão a um participante do assalto ao Capitólio por um crime de posse de armas descoberto na investigação, Donald Trump reforçou a sua política de clemência para com os seus apoiantes.

A decisão estabelece um precedente, indicando que os seus perdões podem abranger crimes relacionados e não apenas as acusações diretas ligadas à insurreição.

Confrontada com a pressão política sobre o aumento do custo de vida, a administração Trump efetuou um recuo tático na sua política de tarifas, isentando produtos alimentares essenciais.

Esta medida, combinada com novos acordos comerciais na América Latina, assinala uma abordagem mais pragmática para mitigar o impacto económico das suas políticas protecionistas.

O rompimento público entre Donald Trump e Marjorie Taylor Greene, motivado por divergências sobre o caso Epstein e a política económica, expõe a primeira grande fissura no movimento MAGA durante o segundo mandato de Trump.

A disputa evidencia as tensões internas sobre a transparência e as prioridades políticas do Partido Republicano.

O encontro positivo entre Donald Trump e o presidente de transição sírio, Ahmed al-Sharaa, assinala uma viragem diplomática notável.

Acompanhada pelo levantamento temporário de sanções, a visita histórica abre caminho para a normalização das relações e a colaboração na estabilização da Síria e da região.

Ao autorizar a venda de peças militares a Taiwan, a administração Trump reafirma o seu apoio à defesa da ilha, uma política consistente dos EUA que continua a ser uma fonte primária de tensão com a China.

A decisão sublinha o delicado equilíbrio que Washington tenta manter entre os seus compromissos com Taipé e a sua complexa relação com Pequim.

Através de uma vasta concessão de perdões a figuras proeminentes que o apoiaram na contestação dos resultados eleitorais de 2020, Donald Trump utilizou o seu poder presidencial para absolver simbolicamente os seus aliados.

A medida reforça a sua narrativa sobre as eleições, ao mesmo tempo que exclui explicitamente a sua própria pessoa de qualquer clemência.