Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

A forte procura pelo ouro é sustentada por uma combinação de compras estratégicas por bancos centrais, a desvalorização do dólar, incertezas geopolíticas e a política monetária expansionista nos EUA.

O consenso entre os analistas aponta para a continuação da tendência de alta, com o nível de 4.000 dólares por onça a ser considerado um objetivo alcançável a curto prazo.

O novo máximo histórico da Bitcoin está diretamente ligado à instabilidade política e fiscal nos EUA, provocada pelo ‘shutdown’ governamental.

Este evento posiciona a criptomoeda como um ativo de refúgio para investidores que procuram proteger-se da incerteza nos mercados tradicionais, consolidando o seu papel como uma alternativa ao sistema financeiro convencional.

A paralisação governamental nos EUA criou um cenário de mercado divergente.

Enquanto a incerteza e o adiamento de dados económicos pressionaram o setor tecnológico (Nasdaq), o otimismo em torno da inteligência artificial foi suficiente para impulsionar o S&P 500 e o Dow Jones para novos máximos, demonstrando a força desta tendência setorial.

A Europa enfrenta um desafio estrutural de competitividade nos mercados de capitais, marcado pela ausência das suas empresas no topo global e por um ecossistema de investimento subdesenvolvido. A transformação de uma cultura de poupança para uma de investimento, apoiada por iniciativas como o SIA, é vista como uma condição de sobrevivência para garantir o crescimento e a inovação no continente.

A bolsa de Lisboa demonstrou uma notável resiliência no início da semana, atingindo um pico de mais de uma década.

O forte desempenho do setor energético, com a Galp em destaque, permitiu que o mercado nacional se descolasse das perdas registadas na maioria das outras bolsas europeias, num claro sinal de força.