Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

A sessão em Wall Street foi marcada por uma dualidade: o Dow Jones alcançou um novo máximo histórico, impulsionado pelo otimismo com o fim do 'shutdown' e pela rotação para setores defensivos, enquanto o Nasdaq cedeu terreno devido à pressão sobre as ações de tecnologia e a dados laborais mais fracos.

A forte desvalorização das ações da EDP foi causada pela venda da participação de 5,2% detida pelo fundo de pensões canadiano CPPIB, realizada com um desconto significativo.

Este evento agravou o sentimento negativo dos investidores, que já estavam apreensivos com o novo e menos ambicioso plano estratégico da empresa.

A Nvidia registou uma queda acentuada de quase 3% após o SoftBank ter anunciado a venda da sua participação total por 5,83 mil milhões de dólares. Esta alienação por parte de um investidor de referência gerou um sentimento negativo no mercado, levantando questões sobre a avaliação da empresa e contribuindo para a fraqueza generalizada no setor tecnológico.

O avanço no Congresso dos EUA para terminar a paralisação do governo gerou uma onda de otimismo nos mercados.

A reabertura permitirá a divulgação de dados económicos essenciais e a normalização do consumo, eliminando uma grande incerteza que pesava sobre os investidores e a economia.

O índice PSI de Lisboa contrariou a tendência positiva da Europa ao cair 1,44%, penalizado pela queda acentuada das ações da EDP e EDP Renováveis após a venda de uma participação relevante.

A forte influência do grupo EDP no índice foi decisiva para o desempenho negativo do mercado português, sobrepondo-se ao otimismo externo.

Os mercados acionistas europeus fecharam em alta, com os principais índices a registarem valorizações expressivas.

O otimismo foi sustentado pelo forte desempenho do setor do luxo, por notícias sobre tarifas e pelo ambiente macroeconómico favorável vindo da resolução do 'shutdown' nos EUA.

O petróleo valorizou mais de 1%, impulsionado por uma dupla dinâmica: as sanções americanas a petrolíferas russas, que levantam preocupações sobre a oferta, e a expectativa de que o fim do 'shutdown' nos EUA irá estimular a atividade económica e a procura por energia.

A histórica cotada Grão-Pará será excluída da bolsa de Lisboa a 19 de novembro, com o último dia de negociação a ser a 18 de novembro. A exclusão é a consequência direta da declaração de insolvência da empresa, que enfrentava graves e prolongadas dificuldades financeiras que a tornaram inviável.

O setor tecnológico esteve sob forte pressão, resultando na queda do Nasdaq.

A desvalorização da Nvidia, juntamente com as previsões pessimistas da CoreWeave, provocou uma onda de vendas que afetou outras grandes empresas de tecnologia e inteligência artificial, refletindo uma rotação setorial dos investidores.

O bom desempenho do setor de luxo foi um fator crucial para a subida das bolsas europeias.

As notícias de que a LVMH planeia expandir a sua presença na China reforçaram a confiança dos investidores na resiliência da procura por bens de luxo, impulsionando o mercado e contribuindo para o sentimento positivo generalizado.