Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

Wall Street fechou em alta recorde, com os índices S&P 500 e Nasdaq a atingirem novos picos, impulsionados pelo forte desempenho das ações tecnológicas e pelo otimismo dos investidores face à política monetária e ao setor da Inteligência Artificial.

Apesar da paralisação do governo dos EUA e do risco de adiamento de dados económicos cruciais, os mercados mantiveram-se otimistas, com os analistas e investidores a preverem uma resolução rápida e de impacto limitado para a economia.

O PSI encerrou com uma valorização de 0,06% para 8.045,89 pontos, o valor mais alto em 14 anos, com o setor do retalho, nomeadamente a Jerónimo Martins, a ser o principal suporte do índice, contrabalançando as perdas no setor do papel.

A retalhista Jerónimo Martins destacou-se com uma valorização de 2,80% para 20,54 euros, sendo o principal motor dos ganhos no PSI e assegurando que o índice nacional fechasse em território positivo e renovasse máximos de 14 anos.

As bolsas europeias fecharam na sua maioria com ganhos, com o DAX e o CAC a serem animados pelos setores tecnológico e automóvel, enquanto o IBEX espanhol foi penalizado pelo setor bancário, resultando num dia sem uma tendência europeia uniforme.

A avaliação de 500 mil milhões de dólares da OpenAI funcionou como um catalisador para os mercados, reforçando a confiança dos investidores na Inteligência Artificial e provocando uma valorização generalizada em empresas de tecnologia, desde semicondutores a energias renováveis.

O euro continuou a sua tendência de desvalorização face ao dólar, negociando em torno de 1,1715 dólares, influenciado, em parte, pela divulgação de que a inflação na zona euro subiu para 2,2%.

Após uma abertura em alta, os preços do petróleo inverteram a tendência e fecharam em queda de cerca de 2%, com o barril de Brent a recuar para cerca de 64 dólares e o WTI para perto de 60,5 dólares.

As ações da Navigator e da Altri estiveram entre as que mais caíram no PSI, com perdas significativas, após analistas terem revisto em baixa as suas recomendações, o que pesou no desempenho geral da bolsa portuguesa.

A perspetiva de uma política monetária mais expansionista por parte da Reserva Federal, com um potencial corte nas taxas de juro, foi o principal motor do otimismo em Wall Street, superando as incertezas políticas e impulsionando os índices para novos recordes.