Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

A sessão em Wall Street foi marcada por uma dualidade, com o Dow Jones a ser impulsionado para um novo recorde pelo otimismo em torno do fim do 'shutdown', enquanto o Nasdaq cedeu terreno devido à pressão vendedora sobre as ações tecnológicas, evidenciando uma rotação de capital dos investidores.

A provável resolução da maior paralisação governamental da história dos EUA gerou uma onda de otimismo nos mercados, com os investidores a anteciparem a normalização da atividade económica e a divulgação de dados macroeconómicos importantes, o que sustentou os ganhos nas bolsas europeias e em parte de Wall Street.

O otimismo proveniente dos Estados Unidos, juntamente com resultados empresariais positivos de várias empresas europeias de peso, proporcionou um forte impulso às bolsas do continente, que fecharam, na sua maioria, com ganhos expressivos, refletindo a confiança dos investidores.

O principal índice da bolsa portuguesa teve um desempenho robusto, subindo mais de 1%, em linha com o sentimento positivo generalizado na Europa.

A recuperação do grupo EDP e os ganhos do BCP foram os principais suportes do PSI, numa sessão de otimismo para os investidores.

O BCP alcançou um marco histórico ao igualar o seu valor de mercado de final de 2015, um feito notável que reflete a valorização do banco apesar das alterações na estrutura acionista ao longo da década. Este desempenho tornou o banco um dos principais destaques da sessão positiva da bolsa portuguesa.

Após uma sessão anterior de forte pressão vendedora, o grupo EDP demonstrou resiliência, com as suas duas principais cotadas a liderarem as subidas no PSI.

Esta recuperação foi crucial para o desempenho positivo do mercado lisboeta, mostrando a confiança dos investidores no setor energético.

A sessão de Wall Street foi definida por uma rotação de capital para fora do setor tecnológico, motivada por notícias negativas específicas de empresas e uma reavaliação dos investidores.

Este movimento beneficiou os setores mais tradicionais, impulsionando o Dow Jones para um novo máximo, em detrimento do Nasdaq.

O mercado petrolífero divergiu do sentimento positivo das bolsas, com os preços a caírem acentuadamente.

A perceção de que a oferta global de crude excede a procura foi o fator dominante, sobrepondo-se ao otimismo económico gerado pelo fim do 'shutdown' nos EUA.

A expectativa em torno dos resultados trimestrais da Sonae impulsionou as ações da empresa, que fecharam em alta.

Os investidores mostraram-se confiantes, baseando-se no forte desempenho da empresa na primeira metade do ano, antecipando a continuação de uma trajetória positiva.

No final de um dia volátil, os juros da dívida soberana das principais economias fecharam em queda, incluindo os de Portugal, que recuaram para baixo do limiar dos 3%. Este movimento no mercado de obrigações reflete uma recalibração das expectativas dos investidores sobre o futuro económico.