Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

O primeiro dia da Teixeira Duarte de regresso ao PSI foi marcado por uma queda significativa, interpretada como uma correção natural após uma valorização anual massiva. Apesar da volatilidade a curto prazo, a empresa apresenta fundamentos reforçados, incluindo uma reestruturação financeira bem-sucedida, uma carteira de encomendas robusta e um novo acionista estratégico, que sustentam um otimismo cauteloso para o seu futuro.

O PSI fechou em alta, um resultado notável face às perdas generalizadas na Europa.

Este desempenho positivo não foi uniforme, tendo sido sustentado quase exclusivamente pelas empresas do setor energético, enquanto a maioria dos outros títulos de referência, incluindo a regressada Teixeira Duarte, registou perdas.

EDP e EDP Renováveis foram os motores do PSI, com subidas significativas que garantiram o fecho positivo do índice.

O seu desempenho reflete uma tendência mais ampla de recuperação e "reset" do setor das energias limpas em 2025, que começa a reverter as perdas acentuadas dos últimos anos e a atrair novamente o interesse dos investidores.

Os mercados europeus fecharam maioritariamente em queda, com o Ibex35 a liderar as perdas.

A sessão foi marcada por um sentimento negativo generalizado, influenciado por eventos estruturais como a alteração da composição do EuroStoxx 50 e a notícia de um corte no rating da dívida soberana de França.

O setor das energias renováveis está a emergir de uma correção severa, num processo que os analistas designam como um "reset".

Embora existam riscos a curto prazo, os fundamentos a longo prazo permanecem sólidos, suportados pela transição energética global.

Os investidores estão agora mais seletivos, priorizando empresas com modelos de negócio rentáveis e sustentáveis.

A bolsa de Tóquio abriu a semana com ganhos robustos, impulsionada pela decisão do Banco do Japão de manter as taxas de juro.

Apesar de o banco central ter sinalizado uma futura normalização da sua política, os investidores reagiram positivamente à estabilidade imediata das condições monetárias.

A composição do EuroStoxx 50 foi alterada, resultando num aumento do peso das empresas alemãs, que agora superam as francesas em número.

Esta mudança estrutural, que viu a entrada de empresas como o Deutsche Bank e a Siemens, reflete as dinâmicas de mercado e tem implicações para os fundos de investimento que seguem este importante índice europeu.

O mercado petrolífero teve um dia volátil, com os preços a abrirem em alta e a fecharem em baixa.

Esta inversão de tendência, embora sem uma causa imediata clara nos textos, ocorre num cenário de contínua incerteza e pressões geopolíticas sobre o fornecimento de energia.

O desempenho positivo do PSI escondeu a fraqueza da maioria dos seus constituintes.

Empresas de relevo como Jerónimo Martins, Mota-Engil e BCP registaram perdas, demonstrando que a subida do índice foi um fenómeno concentrado no setor energético e não um reflexo de um otimismo de mercado generalizado.

O euro demonstrou resiliência ao longo da sessão, revertendo as perdas da manhã para terminar o dia a valorizar face ao dólar.

A ausência de um catalisador claro sugere que a dinâmica pode estar a ser influenciada por fatores macroeconómicos mais vastos, como as diferentes perspetivas de política monetária entre a Zona Euro e os Estados Unidos.