Briefing: Crise no Médio Oriente

A guerra em Gaza atingiu um ponto crítico, com esforços diplomáticos para um cessar-fogo a decorrerem em paralelo com uma intensa campanha militar israelita.

As condições para a paz, especialmente a libertação dos reféns e o futuro do governo em Gaza, continuam a ser os principais obstáculos.

A frente iemenita do conflito intensificou-se com ataques diretos entre os Huthis e Israel, expandindo a guerra para além de Gaza.

Esta escalada representa uma ameaça grave à segurança marítima internacional e aumenta o risco de um confronto regional mais vasto.

A crise dos reféns é o epicentro do conflito Israel-Hamas, condicionando qualquer avanço diplomático para um cessar-fogo. A exigência de Israel e dos EUA para a sua libertação total e imediata contrasta com a estratégia do Hamas, mantendo o impasse e a continuação da guerra.

A guerra em Gaza está a ser travada não só no terreno, mas também na arena legal e moral, com acusações de genocídio e crimes de guerra contra a liderança de Israel.

As investigações do Tribunal Penal Internacional marcam um momento significativo na busca por responsabilização e podem ter implicações duradouras para o direito internacional.

O Líbano enfrenta um desafio existencial à sua soberania devido ao poderio militar e político do Hezbollah, apoiado pelo Irão. A recente afirmação de autoridade por parte do governo libanês destaca a luta interna pelo controlo do país e o risco de o Líbano se tornar um palco central num conflito regional mais vasto.

Os Estados Unidos continuam a ser um ator central no Médio Oriente, mas a sua política é marcada por uma dualidade.

Enquanto procuram mediar um cessar-fogo em Gaza, as suas ações, como as sanções contra ONGs palestinianas, são vistas por alguns como um entrave à justiça e à responsabilização, complicando o seu papel como mediador imparcial.