Briefing: Crise no Médio Oriente

O acordo de cessar-fogo conseguiu terminar as hostilidades e garantir a libertação dos reféns vivos, um passo fundamental para a estabilização. Contudo, a devolução dos corpos das vítimas permanece um processo complexo e sensível, cuja conclusão é vital para que o acordo possa avançar para as suas fases subsequentes.

O cessar-fogo em Gaza encontra-se sob severa tensão devido à retomada da violência e à desconfiança mútua.

As acusações de violações de ambos os lados sublinham a necessidade urgente de uma mediação internacional robusta para evitar o regresso a um conflito em larga escala.

Os Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, adotam uma estratégia de dupla abordagem em Gaza, combinando esforços diplomáticos de mediação com ameaças de força militar. Esta tática visa garantir o cumprimento do cessar-fogo, mas também encerra o risco de uma rápida escalada caso a frágil trégua seja quebrada.

A ONU realça o profundo trauma humanitário em Gaza, considerando o cessar-fogo apenas um primeiro passo.

A organização apela a um compromisso internacional a longo prazo para a reconstrução, a restauração da esperança e a reafirmação do direito internacional como base para a paz.

A segunda fase do acordo de paz para Gaza transita da gestão da crise imediata para a resolução do conflito a longo prazo. Questões cruciais como o desarmamento do Hamas e a futura governação do enclave irão testar a vontade política de todas as partes e determinar a viabilidade de uma paz sustentável na região.

O encontro entre Putin e al-Sharaa assinala o início de um novo capítulo nas relações russo-sírias, transitando de uma aliança pessoal com Assad para uma relação pragmática entre Estados, baseada em interesses estratégicos mútuos.

A cooperação focar-se-á na segurança regional e na reconstrução da Síria.

O pedido de extradição de Bashar al-Assad coloca a Rússia numa encruzilhada diplomática, forçando-a a escolher entre a lealdade a um ex-aliado e a cooperação com o novo poder em Damasco. A decisão de Moscovo terá um impacto profundo na justiça transicional na Síria e no futuro das suas relações com o novo governo.