Briefing: Greves esta semana

A greve geral de 24 de outubro, que une a Função Pública e os médicos, reflete um descontentamento generalizado face às propostas salariais do Governo.

As principais reivindicações centram-se em aumentos salariais de 15% e na negociação da carreira médica, antevendo-se fortes perturbações no funcionamento dos serviços públicos essenciais, como hospitais e escolas.

A greve dos guardas prisionais no Estabelecimento Prisional de Lisboa desencadeou uma crise interna, com violência e motins de reclusos motivados pela falta de alimentação. A paralisação evidencia a grave falta de efetivos no sistema prisional, uma situação denunciada pelos sindicatos, que alertam para o comprometimento da segurança e do funcionamento das cadeias.

A Liga dos Bombeiros Portugueses deu um ultimato ao Governo, ameaçando com bloqueios e uma possível paralisação nacional se as suas exigências não forem atendidas até novembro.

O financiamento insuficiente no OE2026, cortes no transporte de doentes e a ausência de um estatuto profissional são as principais causas do descontentamento que pode levar a uma ação de protesto de grande impacto.

O Sinapol organizou quatro dias de protestos em Lisboa, através da distribuição de folhetos, para alertar a população para a desvalorização da carreira policial. A ação visa pressionar o Governo durante o processo negocial em curso, exigindo medidas concretas de valorização salarial e a reestruturação de suplementos no próximo Orçamento do Estado.

A Comissão de Trabalhadores do INEM denuncia a falta de pagamento de horas extraordinárias e ameaça com a paralisação de serviços essenciais. A polémica centra-se num pedido da direção à tutela que exclui a regularização do trabalho suplementar de agosto, aumentando a tensão e o risco de rutura operacional no instituto.

Os inspetores da PJ oriundos do ex-SEF opõem-se à intenção do Governo de prolongar a sua permanência nos aeroportos, considerando-a uma violação do acordo de transição. O sindicato SPIC-PJ alega que a PSP tem meios suficientes e acusa-a de má gestão de recursos, alertando para um aumento da tensão caso a medida seja imposta.