Briefing: Greves esta semana

A greve geral de 11 de dezembro, unindo CGTP e UGT, constitui uma resposta robusta de setores-chave da economia, como a educação e a indústria automóvel, contra a reforma laboral do Governo, perspetivando-se como um significativo teste de força para o movimento sindical e um momento de elevada tensão social.

A greve da Função Pública, com uma adesão que os sindicatos estimam em 80%, paralisou escolas e serviços de saúde em todo o país, demonstrando uma forte oposição à reforma laboral do Governo e reforçando as exigências da Fesinap por negociações inclusivas e pela retirada da proposta.

Numa ação coordenada a nível europeu, os trabalhadores da Inditex aproveitaram a "black friday" para exigir uma participação nos lucros, sublinhando a necessidade de um reconhecimento financeiro que vá além do verbal e reflita o seu contributo para o sucesso da empresa.

As manifestações na Margem Sul evidenciam a frustração dos utentes com a falta de médicos de família e os encerramentos de urgências, traduzindo o descontentamento local numa exigência clara por mais investimento e estabilidade no Serviço Nacional de Saúde.

A contestação ao fecho da unidade de Neonatologia do Hospital Dona Estefânia mobilizou profissionais de saúde e cidadãos, resultando num protesto e numa petição com mais de 11 mil assinaturas, o que levará o tema a ser discutido na Assembleia da República e evidencia a forte oposição pública à medida.

A manifestação pelo clima em Lisboa, liderada por grupos ativistas, defendeu a ambiciosa meta de abandonar os combustíveis fósseis até 2030, refletindo a urgência sentida por parte da sociedade civil, embora a viabilidade de tal prazo seja questionada por especialistas.