Briefing: Guerra da Ucrânia vs Rússia

A diplomacia para a paz na Ucrânia intensificou-se com uma reunião direta entre o enviado de Trump e Vladimir Putin para discutir um controverso plano de paz norte-americano.

Embora a versão inicial tenha sido revista após pressão ucraniana e europeia, persistem divergências significativas, com os EUA a demonstrarem otimismo e a Rússia a manter uma posição de expectativa.

Líderes da UE sentem-se marginalizados nas negociações de paz sobre a Ucrânia, temendo que a sua ausência resulte num acordo que pressione Kiev a fazer concessões inaceitáveis.

Figuras como Kaja Kallas e Emmanuel Macron insistem que a Europa deve ter um lugar central na definição da segurança do seu próprio continente.

A Rússia reivindicou uma importante vitória militar com a captura da cidade estratégica de Pokrovsk, um movimento que fortalece a sua posição nas negociações de paz.

A Ucrânia, por sua vez, nega o controlo total russo e afirma que os combates na cidade continuam.

No meio de negociações de paz lideradas pelos EUA, Volodymyr Zelensky realizou uma importante cimeira diplomática em Paris para consolidar o apoio europeu. O presidente ucraniano insiste na necessidade de uma paz justa e duradoura, enquanto expressa desconfiança sobre as verdadeiras intenções da Rússia no processo.

A Rússia intensificou a sua campanha de bombardeamentos contra a Ucrânia, focando-se em infraestruturas energéticas e na capital, Kiev, causando vítimas civis e cortes de energia. Esta escalada militar ocorre em paralelo com as negociações de paz, sendo interpretada como uma tática de pressão para fortalecer a posição de Moscovo.

Uma série de ataques a navios de carga e petroleiros russos no Mar Negro, alguns reivindicados pela Ucrânia, elevou as tensões na região.

A Turquia alertou para uma "escalada preocupante" que ameaça a segurança da navegação, num momento em que se desenrolam negociações de paz.

Um grande escândalo de corrupção na empresa estatal de energia da Ucrânia forçou a demissão do influente chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak.

A crise política interna fragiliza a liderança ucraniana num momento crucial, em plenas negociações para o fim da guerra.

Vladimir Putin impôs como condição fundamental para a paz a retirada total das tropas ucranianas dos territórios que a Rússia anexou.

Esta exigência, que ameaça com a continuação da ofensiva militar, representa um grande obstáculo nas negociações em curso.

A administração Trump está a considerar uma mudança radical na sua política, propondo o reconhecimento da soberania russa sobre a Crimeia e o Donbass para selar um acordo de paz.

Esta potencial concessão alinha-se com as exigências de Putin, mas é veementemente rejeitada pela Ucrânia e pelos seus aliados europeus.

Um plano crucial da UE para financiar a Ucrânia com um empréstimo de 140 mil milhões de euros, garantido por ativos russos congelados, está bloqueado.

O Banco Central Europeu e a Bélgica opõem-se por razões legais e políticas, criando um impasse no apoio financeiro a longo prazo a Kiev.