Briefing: Presidenciais 2026

António José Seguro apresenta uma candidatura focada na discrição, na independência e na função de árbitro do sistema político, distanciando-se do estilo presidencial atual. A sua campanha centra-se na resolução de problemas estruturais do país, como a habitação e o envelhecimento, propondo uma magistratura de influência mais reservada e focada na construção de consensos.

Luís Marques Mendes baseia a sua candidatura na vasta experiência política e numa promessa de independência, propondo um mandato presidencial com um estilo de comunicação mais reservado para valorizar a palavra institucional. A sua posição pragmática sobre a indigitação de um governo do Chega, embora com salvaguardas constitucionais, marca um ponto importante no debate eleitoral.

O debate sobre o perfil do próximo Presidente tornou-se um tema central da campanha, com candidatos como António José Seguro e Luís Marques Mendes a proporem modelos de maior contenção e discrição.

As suas posições indicam uma reação ao estilo de Marcelo Rebelo de Sousa, sinalizando uma potencial mudança no exercício da magistratura de influência em Portugal.

André Ventura posiciona-se na campanha presidencial com uma plataforma de rutura, propondo a redução dos poderes do Presidente da República e do Tribunal Constitucional. Esta agenda radical distingue-o dos restantes candidatos e coloca o debate sobre os fundamentos do sistema democrático no centro da corrida eleitoral.

A participação de destaque de António José Seguro, Luís Marques Mendes e Henrique Gouveia e Melo num congresso sobre envelhecimento ativo solidifica a demografia como um tema central na campanha presidencial.

O evento permitiu aos candidatos expor as suas propostas e visões para um desafio estrutural do país, marcando o início de um debate programático aprofundado.

O apoio inequívoco de Marcelo Rebelo de Sousa ao plano de habitação do Governo, que classificou como uma 'intervenção de choque', representa um forte sinal de cooperação institucional. O elogio presidencial, especialmente à captação de fundos europeus, valida a estratégia do executivo e coloca a fasquia elevada para o debate sobre esta matéria na corrida presidencial.

A sinalização de Marcelo Rebelo de Sousa de que poderá não enviar a nova Lei de Estrangeiros para fiscalização preventiva do Tribunal Constitucional representa um passo importante para a resolução de um impasse legislativo. Esta postura baseia-se na confiança de que a nova versão do diploma irá corrigir as inconstitucionalidades previamente apontadas, priorizando a celeridade e a estabilidade jurídica.

A última participação de Marcelo Rebelo de Sousa na Assembleia Geral da ONU saldou-se por um balanço positivo, com progressos visíveis na candidatura ao Conselho de Segurança e o reforço do prestígio de Portugal.

A sua atuação diplomática consolidou a imagem do país como um defensor do multilateralismo e um ator construtivo nas relações internacionais, deixando um legado importante para a sua sucessão.

O apoio inequívoco de Marcelo Rebelo de Sousa ao reconhecimento do Estado da Palestina solidifica uma das decisões de política externa mais importantes do seu mandato. A sua justificação, centrada na urgência de preservar a solução de dois Estados, posiciona Portugal como um ator proativo na busca pela paz no Médio Oriente, mesmo perante a complexidade do cenário internacional e divergências internas.

O encontro entre Marcelo Rebelo de Sousa e Donald Trump na ONU foi marcado por um tom cordial, centrado na figura do novo embaixador americano em Lisboa. O relato do Presidente português sugere uma relação diplomática estável, ao mesmo tempo que observa uma evolução pragmática na abordagem de Trump a questões de segurança global como a guerra na Ucrânia.