Briefing: Conflitos, guerras e tensões

A incursão de drones russos na Polónia foi um ponto de viragem, provocando a primeira resposta militar direta da NATO contra ativos russos desde o início da guerra na Ucrânia. A ativação do Artigo 4.º e a condenação diplomática generalizada sublinham a gravidade do incidente, que ocorre num contexto de crescente tensão devido a exercícios militares russos na região.

O ataque israelita em Doha representa uma grave escalada do conflito, minando os esforços de mediação do Qatar e pondo em risco as negociações para um cessar-fogo em Gaza.

A ação gerou forte condenação internacional e aprofundou a crise diplomática no Médio Oriente, com o Hamas a acusar Israel de sabotar o processo de paz e o Qatar a classificar o ataque como terrorismo de Estado.

A crise humanitária em Gaza aprofundou-se com o aumento da subnutrição infantil e uma nova ordem de evacuação israelita. A resposta internacional incluiu a suspensão de apoios da UE a Israel e a tentativa de uma flotilha de ajuda de furar o bloqueio, apesar de ter sido alvo de ataques, refletindo a crescente tensão diplomática e o desespero no terreno.

O assassinato de Charlie Kirk, uma figura proeminente da direita norte-americana, intensificou o debate sobre a violência política nos EUA.

A reação imediata de Donald Trump, que culpou a "esquerda radical", e a condenação unânime de líderes democratas e republicanos sublinham a gravidade da polarização no país, enquanto as autoridades prosseguem uma caça ao homem para encontrar o responsável.

A troca de ataques entre Israel e os Houthis do Iémen intensificou-se, com bombardeamentos israelitas a causarem dezenas de mortos em Sanaa e os rebeldes a continuarem o lançamento de mísseis. Esta frente de conflito evidencia a crescente regionalização da guerra de Gaza e os riscos de uma escalada mais ampla no Médio Oriente.

A rivalidade sino-americana intensificou-se com novas pressões tarifárias dos EUA, levando o México a aumentar as taxas sobre carros chineses.

Diplomaticamente, figuras como Cavaco Silva alertam para a falta de confiança na China como parceiro, enquanto no setor tecnológico, a NASA impôs restrições a cidadãos chineses, aprofundando a desconfiança mútua.

A França enfrenta uma grave crise de instabilidade, com a nomeação de um novo primeiro-ministro a ser recebida com protestos massivos contra as políticas de austeridade. A queda do governo anterior e a falta de uma maioria parlamentar clara deixam o país num impasse político, enquanto a contestação social nas ruas aumenta, resultando em centenas de detenções.

A unidade da União Europeia face à Rússia foi posta em causa com a acusação direta da Finlândia à Hungria e Eslováquia de financiarem a guerra através da compra de energia russa.

Este episódio revela as fissuras na política de sanções do bloco e as diferentes abordagens dos Estados-membros em relação a Moscovo, complicando a resposta europeia ao conflito na Ucrânia.

Violentos protestos no Nepal, inicialmente contra o bloqueio de redes sociais, levaram à queda do governo, a dezenas de mortos e a uma fuga massiva de prisões.

O exército assumiu o controlo e impôs um recolher obrigatório, enquanto decorrem negociações para formar um governo interino e estabilizar um país mergulhado no caos.

A demissão do embaixador britânico nos EUA por causa das suas ligações a Jeffrey Epstein evidencia o alcance contínuo do escândalo.

O caso gera tensão diplomática entre o Reino Unido e os EUA e continua a ser um campo de batalha político em Washington, onde os democratas pressionam pela divulgação de todos os ficheiros da investigação, contra a vontade de Donald Trump.