Briefing: Conflitos, guerras e tensões

O ataque israelita em Doha contra a liderança do Hamas, ocorrido durante negociações de cessar-fogo, foi amplamente condenado como uma violação da soberania do Qatar e uma grave ameaça ao processo de paz.

Israel defendeu a precisão da operação, enquanto o Hamas acusou Telavive de visar deliberadamente os seus negociadores, aumentando a instabilidade na região.

A tensão entre Espanha e Israel intensificou-se com a imposição de sanções mútuas a ministros de ambos os governos. Espanha proibiu a entrada de dois ministros israelitas de extrema-direita, levando Israel a retaliar contra duas ministras espanholas e a acusar Madrid de antissemitismo, o que resultou na retirada da embaixadora espanhola de Telavive.

Um navio da flotilha humanitária para Gaza, com bandeira portuguesa, sofreu um ataque na Tunísia, que ativistas descrevem como sendo perpetrado por um drone israelita.

Enquanto a organização e participantes pedem uma condenação internacional, as autoridades tunisinas negam a versão do drone, criando incerteza sobre a origem do incidente que, no entanto, não impedirá a continuação da missão.

A queda do governo de François Bayrou, após o chumbo de uma moção de confiança, aprofunda a instabilidade política em França. O Presidente Emmanuel Macron enfrenta o desafio de nomear um novo primeiro-ministro capaz de obter apoio parlamentar, descartando por agora a convocação de eleições antecipadas, enquanto a oposição e movimentos sociais preparam protestos.

A decisão do governo nepalês de bloquear redes sociais desencadeou protestos massivos que resultaram em dezenas de mortos e na demissão do primeiro-ministro.

A crise atingiu o seu auge quando manifestantes incendiaram o parlamento, evidenciando uma profunda instabilidade política e social no país.

O julgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado no Brasil avançou para a fase de votação dos juízes do Supremo Tribunal Federal. O juiz relator, Alexandre de Moraes, declarou inequivocamente que existiu uma "organização criminosa" liderada pelo ex-presidente para subverter a democracia, antecipando uma possível condenação.

A ordem de evacuação total da Cidade de Gaza por parte de Israel marca uma nova fase na ofensiva militar, intensificando a crise humanitária. Enquanto Israel justifica a medida como necessária para combater o Hamas, a ONU alerta para a transformação de Gaza num "vasto campo de concentração", com a população civil a enfrentar fome e deslocamento forçado sem qualquer lugar seguro para se abrigar.

O ataque mortal em Jerusalém, reivindicado pelo Hamas, provocou uma forte reação de Israel, que prometeu consequências graves e reforçou a sua presença militar na Cisjordânia. Este ato de violência intensifica o ciclo de retaliação e agrava as já tensas relações na região, com o Hamas a declarar que as ações israelitas apenas alimentarão mais resistência.

A visita de Luís Montenegro à China foi marcada por um apelo direto a Xi Jinping para que Pequim interceda junto de Moscovo pela paz na Ucrânia.

A reunião reforçou os laços diplomáticos, com a China a elogiar o papel de Portugal e o primeiro-ministro a agradecer o apoio económico chinês, sublinhando a importância da cooperação para a estabilidade global.

A detenção em massa de trabalhadores sul-coreanos numa fábrica da Hyundai nos EUA, por violação das leis de imigração, desencadeou uma crise diplomática.

Seul vai repatriar os seus cidadãos, enquanto o incidente levanta preocupações sobre a segurança jurídica para empresas estrangeiras que operam nos Estados Unidos sob a administração Trump.