Briefing: Empresas na bolsa

O interesse formal do grupo italiano MFE na aquisição de uma participação de controlo na Impresa provocou uma subida vertiginosa das ações da empresa portuguesa. A confirmação das negociações, num momento de dificuldades financeiras para a dona da SIC e do Expresso, gerou grande expectativa no mercado sobre o futuro do grupo de media.

A Mota-Engil viu as suas ações valorizarem na bolsa de Lisboa após garantir um contrato de aproximadamente 700 milhões de euros com a Petrobras no Brasil. Este acordo substancial reforça a sua carteira de encomendas e a sua presença estratégica na América Latina, apesar de a empresa continuar a ser um alvo para posições de 'short selling'.

As ações da AMD registaram uma subida expressiva, superior a 20%, após o anúncio de um acordo estratégico para o fornecimento de 'chips' de IA à OpenAI. O negócio, que poderá dar à OpenAI uma participação de 10% na AMD, reforçou a posição da empresa no mercado da inteligência artificial e impulsionou o setor tecnológico em Wall Street.

O setor farmacêutico europeu viveu uma sessão de fortes ganhos, com empresas como a AstraZeneca e a Roche a dispararem em bolsa.

O otimismo foi desencadeado por um acordo entre a Pfizer e o governo dos EUA, que os investidores acreditam poder ser replicado por outras farmacêuticas, reduzindo a incerteza regulatória e comercial no setor.

A demissão do primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, provocou uma forte reação negativa nos mercados, penalizando severamente as ações dos principais bancos do país, como Société Générale e BNP Paribas.

A crise política aumentou a perceção de risco, levando a uma subida dos juros da dívida soberana francesa e à desvalorização do euro.

O Banco de Fomento de Angola (BFA) estreou-se com sucesso na bolsa angolana, com as suas ações a valorizarem 25% no primeiro dia.

A operação, o maior IPO da história de Angola, atraiu forte interesse dos investidores e permitiu ao BPI reduzir a sua participação, sinalizando um passo importante para o desenvolvimento do mercado de capitais do país.

A EDP Renováveis registou uma semana de grande volatilidade em bolsa, com as suas ações a oscilarem entre fortes ganhos, impulsionados pela venda de ativos nos EUA, e quedas acentuadas, influenciadas por um corte na recomendação da Morningstar.

A empresa continua a ser um ator central e influente no mercado português, refletindo as dinâmicas complexas do setor energético.

A Galp Energia teve uma semana de desempenho misto, refletindo a sua forte dependência das dinâmicas do mercado petrolífero.

As ações subiram no início da semana com um aumento modesto da produção da OPEP+, mas caíram posteriormente devido a receios de um aumento da oferta, demonstrando a sua volatilidade face a fatores externos.

As papeleiras Navigator e Altri tiveram uma semana de perdas em bolsa, penalizadas por uma conjugação de fatores negativos. As ações foram afetadas por 'downgrades' de casas de investimento e pelo anúncio de novas tarifas dos EUA sobre produtos de madeira, o que aumentou a perceção de risco para o setor.

O BCP enfrentou uma semana de desvalorização em bolsa, com as suas ações a registarem quedas consistentes.

A performance do banco acontece num momento em que se soube que o setor bancário, incluindo o próprio BCP, mantém uma batalha legal contra a Contribuição sobre o Setor Bancário, refletindo os desafios fiscais e regulatórios persistentes.